Diante do cenário de transformação digital, em que inteligência artificial, agile, machine learning, big data, cloud e outros estão cada vez mais sendo usados, a banca Marcelo Tostes Advogados concluiu, através de estudos, que a tarefa de regulamentar novas tecnologias não é tão fácil para a iniciativa pública caso não conte com a participação ativa da iniciativa privada, especialmente empresas de tecnologia, que têm alcançado níveis de inovações jamais vistos antes com a aplicação da inteligência artificial.
De acordo com o escritório, uma pesquisa global da TCS - Tata Consultancy Services , comparou grandes empresas em suas jornadas de crescimento e transformação rumo ao que chamam de Business 4.0 (modelo de negócio da nova era: inteligente, agile, automatizado e na nuvem), mapeando a adoção de quatro comportamentos de negócios fundamentais: realizar a personalização em massa, gerar valor exponencial, explorar ecossistemas e abraçar riscos. O estudo constatou, segundo os advogados do escritório, que as empresas que já adotaram esses comportamentos (9% das entrevistadas) são três vezes mais propensas a adotar tecnologias de inteligência artificial do que as ainda não iniciaram seu processo de transformação, que representam outros 9% dos respondentes.
“A adoção da Inteligência Artificial traz inovações muito importantes para as empresas e para a sociedade: novas profissões, novos modelos de negócios para as empresas, novos serviços e tecnologias para facilitar o dia a dia dos consumidores, avanços na medicina para melhorar os cuidados com a saúde e, claro, isso tudo deve ter um impacto grande também no crescimento econômico do país”, comenta Marcelo Tostes, sócio fundador do escritório.
Para o especialista, o impacto da aplicação é algo imensurável e ainda há obstáculos para atingir 100% de aproveitamento da inteligência artificial, algo que as empresas em seus departamentos de inovação estão trabalhando arduamente para romper barreiras e avançar nesse âmbito.
“Nesse contexto, as empresas que estão investindo em profissionais dedicados a pesquisas para aproveitar o melhor da IA e enfrentando desafios para implementação são as pessoas que podem oferecer o devido respaldo ao setor público sinalizando o que precisa conter nessa regulamentação para que toda a sociedade faça o aproveitamento das vantagens dessa tecnologia com segurança”, analisa.
A respeito da LGPD, que passará a vigorar em agosto de 2020, Tostes explica que “a proteção de dados é um processo necessário e complexo. Durante o processo de consulta pública, caso a participação das empresas para sinalizar os pontos sensíveis e pontos que geram dúvida tivesse sido maior, agora que o prazo para que a Lei está para entrar em vigor esse processo poderia ser mais fácil e a adequação geraria menos dúvidas e inseguranças”.
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