“Comissão Arns nasceu fruto da situação horrorosa que estamos vivendo no Brasil hoje." Afirmação é do criminalista José Carlos Dias, líder da Comissão, que luta pela defesa dos Direitos Humanos.
O que é
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos dom Paulo Evaristo Arns foi criada, segundo o próprio grupo, "por uma dívida histórica quanto à incorporação dos direitos humanos na vida dos cidadãos e pelos riscos de retrocesso em conquistas celebradas na Constituição de 1988".
O grupo atua de forma voluntária e é composto por 20 personalidades do mundo político, juristas, acadêmicos, intelectuais, jornalistas e militantes sociais de distintas gerações.
O objetivo da iniciativa é "dar visibilidade e acolhimento institucional a graves violações da integridade física, da liberdade e da dignidade humana, especialmente as cometidas por agentes do Estado contra pessoas e populações discriminadas, como negros, indígenas, quilombolas, pessoas LGBTs, mulheres, jovens, comunidades urbanas ou rurais em situação de extrema pobreza".
Assim, a Comissão Arns trabalha com o intuito de detectar esses casos, dar suporte a denúncias públicas, fazer encaminhamentos aos órgãos do Judiciário e organismos internacionais, além de promover ações junto à classe política e mobilizar a sociedade.
O nome foi escolhido em homenagem ao Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns (1921-2016), arcebispo emérito de São Paulo. Em 1972, Dom Paulo criou a Comissão Justiça e Paz de SP, uma porta aberta no acolhimento das vítimas da repressão política e policial no país.