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TJ/SP nega HC para namorada de Ubiratan

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19/9/2006


Alvo de investigação

TJ/SP nega HC para namorada de Ubiratan

 

O TJ/SP negou ontem HC preventivo em favor da advogada Carla Cepollina, namorada do coronel da reserva da PM Ubiratan Guimarães. Principal alvo da investigação da polícia, ela alegava "ameaça de violência" e "coação ilegal" durante o inquérito.

 

O desembargador José de Souza Nery, da 9ª Câmara Criminal do TJ, negou o pedido de liminar (decisão rápida e provisória) - uma das aplicações do HC preventivo é evitar a prisão ilegal de um suspeito. Segundo o desembargador, "nem de longe há nos autos" evidências no processo de coação e ilegalidade.

 

"Não se concede liminar em HC preventivo quando a alegada coação sequer é vista como possibilidade, ficando vaga e imprecisamente relatada", diz o desembargador em sua decisão. Desembargadores da 9º Câmara agora vão analisar o mérito do HC.

 

Apesar de a polícia negar oficialmente, Carla é tratada com a principal suspeita na investigação sobre a morte do coronel, ocorrida no último dia 9. O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) afirma que já tem provas para pedir a prisão do "alvo da investigação", mas afirma que ela não é necessária antes do indiciamento (acusação formal).

 

Segundo a assessoria do TJ, Liliana ingressou com o pedido de HC no começo da tarde. Ela esteve no DHPP entre as 12h e às 14h para acompanhar as investigações.

 

O delegado-geral da Polícia Civil, Marco Antonio Desgualdo, com quem Liliana mantém uma relação próxima há anos, disse que a investigação do assassinato de Ubiratan agora está baseada nas provas técnicas obtidas pela polícia. Para ele, o cruzamento dos dados telefônicos do coronel, de Carla e de Liliana, além dos de outras cinco pessoas, será fundamental para esclarecer o crime.

 

Provas

 

Ontem, o delegado Marco Antonio Olivato, do DHPP, peritos do caso e membros do Instituto de Criminalística se reuniram para debater qual é exatamente a importância de cada uma das provas.

 

Uma das principais será descobrir se Carla ligou para a mãe, de dentro do apartamento do namorado, entre 19h30 e 20h30, horário estimado para o seu assassinato. Existe também a suspeita de que Carla, dois dias após o crime, tenha entregue à perícia roupas diferentes das que usava no dia 9, quando passou todo o dia ao lado de Ubiratan.

 

Dois filhos de Ubiratan, Diogo e Fabrício, além dos assessores da vítima Eduardo Anastasi e Gérson Vitória, voltaram a ser interrogados ontem e detalharam a rotina do coronel.

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