Ministra
Vice-presidente do STM quer que Lula indique mulher para vaga no Tribunal
“As mulheres fazem parte atualmente de todas as carreiras jurídicas no País e temos hoje, inclusive no Supremo Tribunal Federal, duas mulheres que são duas ministras brilhantes”, observou Flavio Bierrenbach, referindo-se às ministras Ellen Gracie Nortfleet e Cármen Lúcia Antunes Rocha. O vice-presidente do STM - que foi advogado de presos políticos nas décadas de 70/80 e deputado federal - lembrou que o País dispõe de várias mulheres competentes e habilitadas para ocupar o cargo de ministra daquele Tribunal. Destacou que há hoje várias advogadas atuando na Justiça Militar.
O STM é composto por ministros civis e militares do último posto da carreira, indicados direta e exclusivamente pelo presidente da República, assim como ocorre no STF - não havendo listas prévias de órgãos da magistratura, da advocacia ou do MP, como <_st13a_personname w:st="on" productid="em outros Tribunais. Dentre">em outros Tribunais. Dentre os civis integrantes do STM, três são egressos da advocacia - o que corresponde em tese ao Quinto Constitucional, sistema previsto no artigo 94 da Constituição pelo qual um quinto, ou 20%, dos ministros devem ser escolhidos entre advogados e membros do MP.
Desde dezembro último, com a aposentadoria do ministro Antonio Carlos de Nogueira, a representação da advocacia no STM está desfalcada. O ex-secretário executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Teles Barreto, chegou a ser indicado pelo governo para a vaga. Mas seu nome seria retirado antes de votado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado (que precisa aprovar a indicação do presidente da República) e após sofrer restrições da Ordem dos Advogados do Brasil. Teles Barreto não preenchia o requisito expresso no artigo 123, parágrafo único, inciso I da Constituição, que exige a comprovação do candidato de, no mínimo, dez anos de exercício profissional na advocacia e, portanto, de inscrição na OAB.
Para Bierrenbach, “está mais do que na hora” de a Justiça Militar passar a contar com mulheres em seu quadro julgador. Ele destacou que essa tendência é coerente com os novos tempos dos Tribunais e até das Forças Armadas brasileiras, que há tempos se abriram à participação do sexo feminino em seus quadros.
Atualmente, um total de nove mulheres atuam como ministras no Poder Judiciário. Além de Ellen Gracie e Cármen Lúcia, do STF, há cinco ministras no STJ - Eliana Calmon, Nancy Andrighi, Laurita Vaz, Denise Arruda e Maria Thereza Moura -, e duas no TST - Maria Cristina Peduzzi e Rosa Maria Weber. A primeira mulher a ocupar o cargo de ministra do Judiciário no Brasil foi Cnéa Cimini Moreira de Oliviera, nomeada para o TST no final do governo de José Sarney.
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