Migalhas Quentes

TSE manda remover da internet 35 fake news contra Haddad

Ministro Horbach deu ao Google e ao Facebook 24 horas para retirada do conteúdo.

7/10/2018

O ministro do TSE Carlos Horbach determinou ao Facebook e ao Google, neste sábado, 6, que sejam removidas da internet em até 24 horas 35 publicações com conteúdo falso ou montagens grosseiras contra o candidato à presidência Fernando Haddad.

"Do exame perfunctório ora realizado, é possível concluir que 35 dessas postagens efetivamente contêm a divulgação de fatos inverídicos."

Horbach atendeu parcialmente a um pedido feito na quinta, 4, pela coligação de Haddad, que abriu um canal para que internautas pudessem denunciar possíveis “fake news”.  Em parte dos links denunciados ao TSE o ministro não viu irregularidades, mas, em outra parte, o ministro considerou haver indícios de ilicitude.

Além da remoção dos conteúdos, Horbach determinou que o Facebook e o Google forneçam à Justiça o IP (número identificador) dos computadores usados, os dados cadastrais dos detentores dos perfis nas redes sociais e outras informações sobre acesso à rede.

O conteúdo das postagens está relacionado a oito temas, como “crianças” - informação de que Haddad quer que as crianças sejam propriedade do Estado - , “sexualidade” - notícia falsa de que o petista vai distribuir mamadeiras com bico em formato de órgão genital masculino - , “economia” - Haddad irá confiscar a poupança - e “religião” - Manuela d’Ávila, candidata a vice, vestindo camiseta de Jesus travesti.

Há também links pedindo voto no ex-presidente Lula, que não é candidato, atribuindo a ele o número 17, que é do presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro.

Vice

Também neste sábado, em outro processo, o ministro Sérgio Banhos, do TSE, mandou o Facebook retirar do ar, em até 24 horas, cinco postagens sobre Manuela d'Ávila. A rede social também deverá fornecer os dados dos responsáveis pelas contas que disseminaram notícias falsas sobre a candidata a vice.

Uma das postagens atribui a Manuela a seguinte frase: “O cristianismo vai desaparecer. Vai diminuir e encolher. Nós somos mais populares do que Jesus neste momento”. Segundo os advogados da coligação, a informação falsa manchou a imagem da candidata frente ao público cristão.

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