Migalhas Quentes

CNJ mantém arquivamento de caso de juiz que presidiu audiência armado

OAB/GO interpôs recurso contra o arquivamento de reclamação disciplinar de um juiz Federal, que teria conduzido uma audiência armado.

8/8/2018

Na sessão desta terça-feira, 7, os conselheiros do CNJ mantiveram o arquivamento de processo contra um juiz Federal que teria conduzido uma audiência armado. Por unanimidade, os conselheiros negaram provimento ao recurso proposto pela OAB, seccional Goiás, contra o arquivamento.

Na ação, a Ordem alegou que o uso da arma foi feito para intimidar as partes. A seccional também pontuou que, na mesma ocasião, o magistrado determinou que os telefones celulares das pessoas que acompanhavam a sessão, inclusive dos advogados, fossem recolhidos.

O julgamento

O início do julgamento ocorreu no dia 5 de junho em que o relator da ação, ministro corregedor João Otávio de Noronha, negou o recurso da OAB, por entender que, diante da violência e dos perigos a que estão sujeitos os juízes brasileiros, em especial no interior do país, o local em que os magistrados mais precisam de uma arma é justamente a sala de audiência.

"Para caracterização de desvio ético do magistrado não é suficiente um mero porte de arma, com um sentimento vago de intimidação alegado pela parte autora."

À época, o julgamento foi suspenso pelo pedido de vista do conselheiro Luciano Frota, para quem uma audiência não seria um "ambiente de faroeste" em que o juiz tenha de portar arma para se defender, mas um momento de harmonia. No entanto, ao apresentar o voto-vista, o conselheiro Frota afirmou que, depois de estudar o processo detidamente chegou à conclusão de que há ausência de provas de infração disciplinar porque não se configurou que o porte de arma teve um uso ostensivo. "Não que eu entenda que o juiz deva portar arma de fogo em sala de audiência, não acho que é um lugar adequado", disse o conselheiro Frota. Para ele, há necessidade de o CNJ se debruçar sobre o tema no futuro.

A ministra Cármen Lúcia, presidente do CNJ, ressaltou que o Conselho examinou apenas o caso concreto e que não houve tomada de posição sobre essa matéria em tese.

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Leia mais

Migalhas Quentes

CNJ inicia discussão sobre uso de arma por juiz durante audiência

6/6/2018
Migalhas Quentes

Membros do MP precisam comprovar aptidão para portar arma de fogo

2/4/2018
Migalhas Quentes

Advogado não tem direito a portar arma de fogo

30/10/2017
Migalhas Quentes

Magistrados e membros do MP devem comprovar capacidade técnica para portar arma de fogo

24/8/2015
Migalhas Quentes

Juiz não precisa cumprir exigências do Estatuto do Desarmamento para porte de arma

25/7/2015
Migalhas Quentes

Atentado no Palácio da Justiça de SP - Ano de 1952

14/7/2009
Migalhas Quentes

Decisão judicial garante porte de arma a juízes associados da AJUFESP e da AMATRA XV

20/12/2006

Notícias Mais Lidas

TJ/MG revoga liminar e veta transfusão em paciente testemunha de Jeová

15/7/2024

Herdeiros que ocupam imóvel exclusivamente devem pagar aluguel

16/7/2024

OAB/SP divulga nova tabela de honorários com 45 novas atividades

15/7/2024

Funcionária chamada de “marmita do chefe" por colegas será indenizada

16/7/2024

Juiz autoriza penhora de 30% de salário para quitar dívida com banco

17/7/2024

Artigos Mais Lidos

Você sabe o que significam as estrelas nos vistos dos EUA?

16/7/2024

Inteligência artificial e Processo Penal

15/7/2024

Advogado, pensando em vender créditos judiciais? Confira essas dicas para fazer da maneira correta!

16/7/2024

Desconsideração de atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimilar a ocorrência do fato gerador a qualquer tempo, conforme entendimento do CARF

16/7/2024

Será a reforma tributária simplificadora?

16/7/2024