O agronegócio brasileiro tem dado repetidas demonstrações de sua enorme competitividade, conquistando crescentes mercados em todos os continentes. Já somos o maior exportador mundial de açúcar, suco de laranja, café em grão, carne bovina, carne de frango, complexo de soja e tabaco; somos o segundo exportador de milho e quarto de carne suína. E estamos crescendo velozmente nas exportações de flores, algodão e produtos orgânicos.
Nos últimos 20 anos, a área plantada com grãos cresceu 41%, enquanto a produção aumentou 223%. A produção de carne bovina dobrou no mesmo período, a de carne suína triplicou e a de frango quadruplicou.
Com isso, foi possível poupar gigantescas áreas de cerrado e floresta tropical: cultivamos hoje 57 milhões de hectares com grãos em todo país. Se tivéssemos a mesma produtividade de 20 anos atrás, precisaríamos derrubar mais 66 milhões de hectares de matas para produzir a safra deste ano. Isto mostra que nossa tecnologia tropical é extremamente sustentável. Gerada nos órgãos de pesquisa de todo país, incluindo universidades e empresas privadas, esta tecnologia foi o principal responsável pelos notáveis saltos de produtividade e de competitividade experimentados pelo campo brasileiro nas últimas décadas, especialmente depois da estabilização da economia a partir do plano real em 1994.
Sobre o autor:
Carlos Henrique Abrão é desembargador do TJ/SP.
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Ganhadora:
Daiane Escovar Monteiro, de Itaqui/RS