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Candidatos em todo o país vão gastar até R$ 19,8 bilhões nas campanhas

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21/7/2006

 

Eleições

 

Candidatos em todo o país vão gastar até R$ 19,8 bilhões nas campanhas

 

O TSE divulgou nesta quinta-feira o total de gastos máximos informados pelos candidatos nas campanhas eleitorais para o pleito de outubro. O total estimado, somados os limites de gastos dos mais de 18 mil candidatos em todo o país, alcança R$ 19,79 bilhões.

 

O TSE ressalva que a estatística foi elaborada a partir da base de dados de candidatos cadastrados até o último dia 18 de julho. Algumas candidaturas ainda estão sendo conferidas pelos TREs - que avalia documentação incompleta, por exemplo - o que pode gerar alteração na base de dados.

 

O artigo 2º da Resolução 22.250 - que dispõe sobre a arrecadação e a aplicação de recursos nas campanhas - determina que juntamente com o pedido de registro de seus candidatos, os partidos políticos informem à JE os valores máximos de gastos que farão por candidatura em cada eleição em que concorrerem. O artigo 18 da Lei 9.504/97 dispõe no mesmo sentido.

 

A Resolução do TSE também prevê que gastar recursos além dos valores declarados sujeita o responsável ao pagamento de multa no valor de <_st13a_metricconverter productid="5 a" w:st="on">5 a 10 vezes a quantia <_st13a_personname productid="em excesso. O" w:st="on">em excesso. O infrator também pode responder por abuso de poder econômico, nos termos do artigo 22 da Lei Complementar 64/90.

 

Um real

 

Paradoxalmente aos quase R$ 20 bilhões totalizados nas campanhas em todo o Brasil, um dos candidatos informou à JE que só vai gastar R$ 1 (um real). Alberto Luiz Guimarães Iecin, do PFL (2515), informou que pretende gastar esse valor para se eleger deputado federal pelo Rio de Janeiro. Já o candidato ao Senado Frederico Luiz Maciel dos Santos, do PCB (212) do Maranhão, tem previsão de despesa de R$ 50.

 

Presidente da República

 

Para presidente da República, os oito candidatos registrados pelo sistema Candex do TSE devem gastar nas campanhas, juntos, R$ 279,1 milhões. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende gastar R$ 89 milhões. Quem deve gastar menos é o candidato Rui Pimenta (PCO): R$ 100 mil. A candidata Ana Maria Rangel (PRP) - incluída posteriormente na base de dados - declarou a maior previsão de gastos: R$ 150 milhões.

 

Governador e senador

 

Para governador, todos os candidatos reunidos vão gastar R$ 942,554 milhões. As campanhas a governador mais caras serão feitas <_st13a_personname productid="em São Paulo. Os" w:st="on">em São Paulo. Os valores máximos somados no estado equivalem a R$ 151,33 milhões. O Estado em que as campanhas, totalizadas, sairão mais baratas é o Acre, onde serão gastos R$ 7,4 milhões.

 

Para senador, os candidatos, em todos os estados, investirão nas campanhas o total de R$ 434,516 milhões. As campanhas mais onerosas, totalizados os gastos de todos os candidatos ao Senado, serão feitas também <_st13a_personname productid="em São Paulo. Serão" w:st="on">em São Paulo. Serão gastos 67,73 milhões no Estado. A corrida ao Senado sairá mais barata no Acre, onde serão gastos R$ 2,75 milhões.

 

Deputados federal e estadual/distrital

 

Os candidatos a deputado federal informaram, <_st13a_personname productid="em todo Brasil" w:st="on">em todo Brasil, que o valor máximo com campanhas eleitorais será de R$ 6,96 bilhões. Os maiores gastos, R$ 2,349 bilhões, estão previstos para as candidaturas do estado de SP. Os candidatos do Acre farão a campanha de menor custo, com R$ 16,366 milhões.

 

Os gastos dos candidatos a deputado estadual, de todas as unidades da federação, somam R$ 10,71 bilhões. As candidaturas com maiores gastos são as do estado de SP, totalizando R$ 2,19 bilhões. Os gastos com as campanhas do estado do Amapá serão os menores do país, somando R$ 38,84 milhões.

 

Os candidatos ao cargo de deputado distrital informaram que o gasto com as campanhas eleitorais no DF será de R$ 455,93 milhões.

 

Candidatos

 

A maior previsão de gastos de campanha individual, no valor de R$ 800 milhões, foi feita por Kelson Jorge Abrão (43.500), que concorre a uma vaga de deputado estadual <_st13a_personname productid="em Mato Grosso. Dois" w:st="on">em Mato Grosso. Dois candidatos do Amazonas, Joel Cavalcante de Oliveira (19.192) e Francisco Lucieldo Marinho de Lima (19.819), estimaram gasto de R$ 500 milhões cada um na campanha às eleições deste ano.

 

<_st13a_personname productid="Em São Paulo" w:st="on">Em São Paulo, três candidatos fizeram a mesma previsão de gasto: R$ 300 milhões cada. Eles são Fábio Ferrari Porchat de Assis (4346) e Luiz Roberto Piesigilli (4348), que pretendem se eleger deputados federais, e Reginaldo Bezerra Silva (43.115), candidato a uma vaga no Legislativo estadual.

 

João Carlos de Souza Santos Guerreiro (15.666) previu gasto de R$ 50 milhões para se eleger deputado estadual na Bahia. Esse valor é superior ao declarado pelo candidato ao governo de São Paulo José Serra (45), que tem gasto estimado em R$ 45 milhões.

 

Não vão gastar nada

 

No extremo oposto, seis candidatos declararam à Justiça Eleitoral gasto de R$ 0 na campanha de 2006. Jorival Gomes Maranhão (7076), candidato a deputado federal por Goiás; Leonhard Ludwig Amon (56969), José Carlos dos Santos (12666), Haroldo Inácio da Silva (14113) e Márcio Henrique Bueno (25130), que concorrem a vagas de deputados estaduais no Rio de Janeiro; e José Carlos Pereira da Silva (45123), candidato a deputado estadual em Tocantins, não pretendem fazer nenhuma despesa para se eleger.

 

Outros doze candidatos a deputados estaduais declararam gasto inferior a R$ 500 nas eleições gerais deste ano. Williams Tomaz de Souza (43211) previu despesa de R$ 250; Alexandre Costa de Sales (36223) e José Irlan Souza Serra (36256), do Maranhão, e Donato Freitas da Silva (25111), de Mato Grosso, informaram gasto de R$ 300.

 

Oito candidatos de Santa Catarina à Assembléia estadual apresentaram previsão de gasto de R$ 500: Beatriz Maria Castelucci (36111), Manoel Eduardo da Luz (36199), Áurio José Soares (36222), Jackson Grimm (36369), Venceslau da Costa (36875), Ary Paliano (36789), Olívia Vieira (36788) e José Evandro Ramos Moreira (36777).

 

Registro eletrônico

 

Pela primeira vez, o cadastro de partidos, coligações e candidatos para as eleições foi feito, obrigatoriamente, por meio do CandEX, programa desenvolvido pelo TSE. O programa já foi utilizado em eleições anteriores, mas apenas de forma experimental.

 

O programa permite que se elabore, em meio magnético, o Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (Drap), os Requerimentos de Registro de Candidatura (RRCs) e a declaração de bens para posterior apresentação à JE.

 

Até então, os formulários eram entregues nos Tribunais Eleitorais, que se encarregavam de digitar os dados e incluí-los no sistema de candidaturas. Com o CandEX, haverá expressivo ganho de tempo no processamento dos atos eleitorais pelos tribunais.

 

Os candidatos obtiveram o CandEX na página do TSE na internet, na dos TREs e junto às secretarias dos Tribunais. Os interessados tiveram que providenciar mídias (dois disquetes ou CD-ROM) para a gravação do programa.

 

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