Urna eletrônica
Votação eletrônica no Brasil completa dez anos nas eleições de outubro
A votação eletrônica no Brasil completa dez anos nas eleições de outubro. A urna eletrônica foi utilizada pela primeira vez nas eleições municipais de 1996, nos municípios com mais de 200 mil eleitores, atingindo cerca de 33 milhões de eleitores. Uma década depois, a expectativa é de que quase 126 milhões de eleitores utilizem a urna eletrônica para votar nas próximas eleições de outubro.
"A urna viabiliza a certeza da preservação da vontade do eleitor, tornando-a efetiva e evitando desvirtuamentos", ressaltou o presidente do TSE, ministro Marco Aurélio.
Para as eleições deste ano, o TSE adquiriu um novo lote de 25.538 urnas, já dotadas de leitor biométrico, que permite a identificação digital do eleitor. Esse recurso, no entanto, não será usado nestas eleições. As novas urnas facilitam a transição para a tecnologia da identificação digital do eleitor, a ser adotada no futuro.
As novas urnas serão encaminhadas para os estados de Mato Grosso do Sul, Rondônia e Santa Catarina. As antigas urnas desses estados foram remanejadas para outras unidades da federação.
Total de urnas
Serão utilizadas 432.630 urnas eletrônicas em todo o país nas eleições de outubro. Em 1996, quando foram utilizadas pela primeira vez, eram apenas 74.790. No ano seguinte, o Tribunal adquiriu outras 88.634 urnas. Em 2000, foram utilizadas 355.100 urnas, quase cinco vezes o número inicial de máquinas. Foi a primeira eleição brasileira 100% informatizada. Em 2004, o lote de urnas referente a 1996 foi doado ao Paraguai. Por sua vez, o TSE adquiriu 75.222, o que resultou em 407.092 urnas usadas nas eleições de 2004.
Linha do tempo
Na história do país, desde a época do Império, as eleições obedeceram às Ordenações do Reino, que eram as determinações do rei, adotadas em todas as colônias portuguesas. A primeira eleição geral no país remonta a 1821, um ano antes de o Brasil se tornar independente de Portugal.
O primeiro Código Eleitoral brasileiro, editado em 1930, já previa o uso da chamada "máquina de votar" como recurso para sanar os vícios eleitorais e garantir pleitos sem fraudes. A JE foi criada naquele ano, mas foi extinta com o golpe de 1937, quando Getúlio Vargas instituiu o Estado Novo.
Com o fim da ditadura varguista e a redemocratização no governo Dutra, em 1945, reinstalou-se a JE. O protótipo da mecanização das eleições foi apresentado pelo TRE/MG em 1978. O primeiro passo para a informatização das eleições foi com a apuração dos votos. Em <_st13a_metricconverter w:st="on" productid="1982, a">1982, a Lei 6.996/82 dispôs sobre a utilização do processamento eletrônico de dados nos serviços eleitorais.
Na eleição presidencial de 1989, foram totalizados, eletronicamente, os votos apurados nos estados do Acre, Alagoas, Mato Grosso, Paraíba, Piauí e Rondônia. Nas eleições municipais de <_st13a_metricconverter w:st="on" productid="1992, a">1992, a apuração eletrônica foi feita em aproximadamente 1800 municípios.
Em 1996, na gestão do então presidente do TSE, ministro Carlos Velloso, foi determinado o uso das urnas eletrônicas no processo eleitoral. As urnas foram utilizadas pela primeira vez nas eleições municipais presididas pelo ministro Marco Aurélio, que sucedeu o ministro Carlos Velloso na presidência do TSE naquele ano.
Cerca de 33 milhões de brasileiros usaram a urna para votar em 1996. Nas eleições gerais de 1998, o voto informatizado alcançou cerca de 75 milhões de eleitores. E no ano 2000, finalmente, todos os eleitores puderam utilizar as urnas eletrônicas para eleger prefeitos e vereadores.
Evolução do número de urnas:
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1996 - 74.790
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1998 - 163.424
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2000 - 355.100
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2002 - 406.660
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2004 - 407.092
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2006 - 432.630
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