Migalhas Quentes

Motoristas de apps de transporte podem trafegar em SP com placas de outros municípios

Para juiz, exigência de emplacamento municipal não é de competência de órgão administrativo subalterno.

24/1/2018

O juiz de Direito Kenichi Koyama, da 11ª vara da Fazenda Pública de São Paulo/SP, deferiu liminar, em sede de mandado de segurança, para permitir que motoristas de aplicativos de transporte trafeguem com veículos emplacados fora do município de São Paulo. A decisão foi proferida em ação ajuizada pela Associação Brasileira de O2o - associação integrada por diversas empresas de tecnologia, entre elas 99 e Cabify - que questionou dispositivo da resolução 16/17, do Comitê Municipal de Uso do Viário – CMUV, que exige o emplacamento municipal para a realização do serviço dentro da capital.

A resolução foi editada em julho de 2017 e passou a valer a partir do último dia 10 de janeiro. Dentre as previsões contidas na norma, está o dispositivo que estabelece que motoristas de aplicativos de transporte obtenham o Cadastro Municipal de Condutores (Conduapp) e o Certificado de Segurança do Veículo de Aplicativo (CSVAPP) para realizarem os serviços no município de São Paulo.

Decisão

Ao analisar o caso, o juiz de Direito Kenichi Koyama, da 11ª vara da Fazenda Pública de São Paulo, considerou que a resolução é contrária ao decreto municipal 56.981/16, que dispõe sobre a atividade econômica privada de transporte individual de passageiros. Segundo o magistrado, o decreto não revela qualquer aspecto em torno do licenciamento de veículos no município de São Paulo, o que mostra que a exigência introduzida pela resolução "se trata de regra marotamente introduzida à revelia das normas que lhe são superiores".

O juiz também ponderou que o CMUV é órgão administrativo subalterno, "e enquanto tal precisa se limitar ao campo apertado de suas atribuições, independentemente das razões que pretende estabelecer".

Com esse entendimento, o juiz deferiu liminar em favor da associação para determinar que a exigência prevista no dispositivo da resolução não seja aplicada.

A associação foi patrocinada na causa pelo escritório De Vivo, Whitaker e Castro Advogados.

Confira a íntegra da sentença.

____________________

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Notícias Mais Lidas

PEC que limita supersalários de servidores é aprovada pelo Congresso

20/12/2024

MP/BA investiga Claudia Leitte por retirar "Iemanjá" de música

19/12/2024

TRF-1: Técnico previdenciário pode ter OAB se impedido contra Fazenda

20/12/2024

STJ mantém exclusão de limite de 150 salários-mínimos para honorários

19/12/2024

TJ/SP autoriza arbitramento de aluguel antes de partilha em divórcio

19/12/2024

Artigos Mais Lidos

Decisão importante do TST sobre a responsabilidade de sócios em S.A. de capital fechado

20/12/2024

Planejamento sucessório e holding patrimonial: Cláusulas restritivas societárias

20/12/2024

As perspectivas para o agronegócio brasileiro em 2025

20/12/2024

A sua empresa monitora todos os gatilhos e lança as informações dos processos trabalhistas no eSocial?

20/12/2024

O futuro dos contratos: A tecnologia blockchain e o potencial dos smart contracts no Brasil

20/12/2024