Migalhas Quentes

IAB defende prerrogativas dos advogados em ato de desagravo de Mariz de Oliveira

Ato foi em resposta à ofensa de Funaro ao advogado, amplamente divulgada pela mídia.

10/10/2017

Durante a manhã desta segunda-feira, 9, a OAB/SP promoveu ato de desagravo em favor de Antônio Cláudio Mariz de Oliveira. Na ocasião, o presidente do IAB - Instituto dos Advogados Brasileiros, Técio Lins e Silva, orador do ato de desagravo, defendeu as prerrogativas da advocacia. "A pretexto de se combater o crime organizado, conversas entre advogados e clientes são grampeadas, infelizmente, em algumas ocasiões, com autorização da Justiça. Se acharmos isso natural, não terá fim.”

Durante a sessão, Técio destacou os 50 anos de advocacia de Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, sustentando que ambos pertencem a uma geração que lutou pela democracia e afirmou que “nem durante a ditadura militar, iniciada em 1964, era imaginável busca e apreensão em escritório de advocacia, como hoje se tem visto".

O presidente do IAB criticou, ainda, os abusos do que chamou de “processo penal do espetáculo”, que vitimou o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Luiz Carlos Cancellier de Olivo, que cometeu suicídio após ser preso pela PF em decorrência de investigação que apura o desvio de recursos destinados à UFSC. O professor foi solto no dia seguinte, por determinação judicial, mas foi afastado da reitoria por suposta obstrução às investigações. Para técio, "não podemos tolerar isso, porque enxovalha o réu."

O caso

O advogado Mariz de Oliveira, que recentemente defendeu o presidente da República, foi acusado por seu ex-cliente e doleiro Lúcio Funaro, a quem defendeu até meados de 2016. Segundo o doleiro, o advogado teria contado a Temer detalhes da delação que Funaro estaria negociando no âmbito da Operação Lava Jato. A ofensa de Funaro ao advogado foi amplamente divulgada pela mídia.

No ato de desagravo, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira criticou duramente o Poder Judiciário, por não impor limites aos abusos cometidos por autoridades e à imprensa, que, segundo ele, não pode atuar sem freios. "O Judiciário não pode permitir isso", afirmou. O presidente da OAB/SP, Marcos da Costa, fechou o ato de desagravo, condenando as "10 medidas contra a corrupção", elaboradas pelo MPF, dentre as quais, a prova plantada e a restrição ao HC.

______________

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Leia mais

Migalhas Quentes

Ato de desagravo de Mariz de Oliveira será em 9 de outubro

29/9/2017

Notícias Mais Lidas

Sancionada lei que altera Código Civil e padroniza atualização monetária e juros

1/7/2024

Após avaliar esforço do advogado, TJ/GO fixa honorários de R$ 50 mil em causa milionária

2/7/2024

Estudante de medicina que desviou R$ 927 mil de formatura é condenada

2/7/2024

Magistrado que negou prioridade a gestante já foi censurado pelo CNJ

1/7/2024

Advogado explica nova lei que padroniza índice de juros e correção

1/7/2024

Artigos Mais Lidos

Imposto sobre ITBI e transferência patrimonial para holdings

1/7/2024

Condomínios e porte de drogas para uso pessoal: O que muda com a mais recente decisão do STF

2/7/2024

Porte de drogas para consumo pessoal e o STF. Um problema antigo e com solução antiga

1/7/2024

E, no final, a Selic venceu: Alteração no CC passa a dispor sobre atualização monetária e juros

3/7/2024

Alterações do instituto da tutela específica: O novo parágrafo único do art. 499 do CPC

3/7/2024