Fragilidade do ensino
Exame da OAB/AP reprova 59,13% dos candidatos a advogados no Estado
Apesar do grande número de reprovações, Washington Caldas avalia que houve uma grande melhoria no desempenho dos candidatos, se compararmos os números atuais com os do primeiro exame de Ordem do ano passado. Naquela data, dos 135 candidatos inscritos, somente 16 conseguiram aprovação, ou seja, foi registrada uma reprovação de 88,15%.
Isso demonstra, na avaliação do presidente da OAB amapaense, que os bacharéis reprovados no ano passado procuraram suprir o baixo nível de ensino que receberam na faculdade, se dedicando ao aprofundamento de seus conhecimentos por meio da realização de cursos.
No entanto, o presidente da OAB/AP acredita que a fragilidade no ensino da qual reclama não é peculiaridade exclusiva dos cursos de Direito, mas do ensino brasileiro como um todo. "Antes, quem concluiu o 2º grau, antigo científico, comprovadamente estava preparado intelectualmente para o exercício de qualquer atividade", afirmou Washington Caldas. "Hoje, constatamos que quem conclui o 2º grau, em sua maioria, mal sabe realizar as quatro operações matemáticas e tampouco redigir alguma coisa, além, é claro, de desconhecer aspectos geográficos e históricos da própria região onde mora".
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