Problemas de consumo estão no topo dos assuntos mais demandados no Judiciário. De acordo com dados do CNJ, questões relativas ao consumo ocupam o 4º lugar do ranking, com 1,6 milhão de ações.
A fim de solucionar os problemas dos clientes de forma mais célere e menos onerosa, não só os consumidores, mas as empresas cada vez mais buscam alternativas práticas - é o que afirma a coordenadora da Vamos Conciliar, Câmara de Conciliação e Mediação on-line, Mirian Queiroz.
Foi o que aconteceu com o empresário Matheus Mariani. A fritadeira recém comprada apresentou defeito. Após esperar, sem sucesso, mais de 30 dias pelo conserto, o consumidor acionou a Justiça. O processo se arrastou por quase um ano, até que a empresa de eletrodoméstico resolveu tentar um acordo com o cliente. Para isso, utilizou um serviço de conciliação on-line. A negociação foi toda pela internet – o representante da empresa em SP, o consumidor no ES e o conciliador no DF. Após propostas e adequações de ambas as partes, o acordo foi feito: a empresa fabricante irá enviar um novo produto, de modelo superior a R$ 1.000,00.
O advogado Raphael Ramos (Nelson Wilians & Advogados Associados) aponta que muitas destas questões são semelhantes e teoricamente de fácil resolução. Diante disto, a conciliação se torna "um instrumento cada vez mais importante ao consumidor, que pode ter seu problema resolvido muito mais rapidamente, de forma eficiente, sem desgastes emocionais".
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