Centenas de advogados foram para a frente do TJ/RJ nesta segunda-feira, 21, em ato contra o que chamam de "colapso do Judiciário estadual". O movimento foi organizado pela OAB/RJ contra problemas considerados "entraves ao bom funcionamento do Judiciário estadual".
Na manifestação, a diretoria da OAB/RJ, representantes de associações, de outras seccionais, presidentes de subseções e o presidente do Conselho Federal, Claudio Lamachia, protestaram contra o alto valor das custas; as sentenças de baixo montante que vêm sendo proferidas nos juizados especiais, classificadas como “mero aborrecimento” pelos juízes; o péssimo atendimento prestado pela agência do Banco do Brasil; a morosidade no andamento dos processos, valendo lembrar que o TJ do Rio é o quinto do país em congestionamento; e as sucessivas greves – este ano, na Justiça estadual, para cada 10 dias trabalhados houve três dias de inatividade.
Além dessas reivindicações, foi levantada a reclamação em relação ao aplicativo de celular e tablet criado pelo próprio TJ em 2015 que permite que as partes atuem diretamente na conciliação de suas ações nos juizados especiais cíveis.
O presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz, lembrou ainda o cenário de colapso em que o Estado do Rio de Janeiro se encontra e a crise agravada no ano de 2016 para destacar a importância da advocacia, mais uma vez, como porta-voz da população que "está pagando a conta maior do Rio de Janeiro".
"A advocacia nesse momento é uma tábua de salvação para a população do Rio, principalmente para o mais pobre, que está sem educação e saúde e não tem Justiça para gritar."
Os servidores do Judiciário do RJ iniciaram paralisação em outubro, como reação ao pacote de austeridade do governador.