Com base nas notícias, os advogados de Santana, Fábio Tofic Simantob e Débora Gonçalves Perez (Tofic Simantob Advogados) encaminharam petição ao juiz Sérgio Moro pedindo "imediato acesso aos autos do inquérito que envolve o peticionário".
"É estarrecedor que jornalistas obtenham diuturnamente informações detalhadas acerca da investigação – inclusive sobre 'acordo de cooperação' com a Suíça –, enquanto os advogados devidamente habilitados estejam sendo tolhidos de sua prerrogativa profissional de ter acesso ao conteúdo do inquérito."
No documento, os advogados destacam que devido a informações inicialmente divulgadas na revista Veja, realizaram o pedido à PF curitibana. No entanto, passados 9 dias, ele não teria sido apreciado. "A recentíssima alteração legal trazida pela lei 13.245/2016 estabelece que a autoridade policial que nega aos advogados acesso à investigação em curso será responsabilizada criminalmente por abuso de autoridade", destacaram.
Esclarecimento
A respeito da matéria publicada no jornal Folha de S.Paulo no fim da semana passada, envolvendo a investigação, o advogado Fábio Tofic esclareceu em nota que João Santana nunca negou que possui empresas no exterior – "até porque é público e notório tratar-se do profissional de marketing político brasileiro com maior destaque no exterior".
"Certo, porém, de que o vazamento de informações privadas e sigilosas é prática que configura crime, prefere aguardar para apresentar os detalhes de sua vida financeira às autoridades competentes. Enquanto isto, aguarda pacientemente que, depois de vasculhar atentamente seus escaninhos, a Polícia Federal possa responder a consulta feita há dias pelos advogados sobre se há ou não inquérito policial instaurado para investigá-lo."
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Confira a íntegra da petição.
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