As falências decretadas aumentaram 5,9% no acumulado de 2014, em comparação com o mesmo período de 2013, apresentando uma desaceleração no crescimento, quando comparadas aos números acumulados em maio. Na comparação interanual (junho deste ano contra junho de 2013), houve queda de 18,3%, enquanto que em relação ao mês anterior caíram 41,4%.
No acumulado no 1º semestre desse ano em relação ao período equivalente de 2013, os pedidos de recuperação judicial cresceram 6,2% e as recuperações judiciais deferidas diminuíram 9,6%. A tabela 1 resume os dados.
Mesmo com o cenário econômico sem sinais de recuperação em 2014, os pedidos de falência continuam apresentando números menores quando comparados ao mesmo período do ano anterior. Com isso, é possível que essa melhora na solvência das empresas ainda seja reflexo das taxas de inadimplência menores, registradas em períodos anteriores. Mas o ano deve se encerrar com números próximos aos de 2013.
Distribuição das falências e recuperações judiciais por setor
Avaliando a distribuição dos dados por setor da economia, o setor de serviços foi o que representou mais casos nos pedidos de falência (40%), seguido do setor industrial (37%) e do comércio (24%). Já para as falências decretadas, o setor de serviços também lidera, com 38% do total intersetorial. Em relação à recuperação judicial, o setor de serviços também concentra a maioria dos pedidos e deferimentos, com 37% e 44%, respectivamente. A tabela 2 resume os dados.
Distribuição das falências e recuperações judiciais por porte
Na análise agregada por porte, os dados se mantiveram muito concentrados em torno das pequenas empresas. 92% das falências decretadas no primeiro semestre do ano são de empresas pequenas. Em relação aos pedidos de falência, as pequenas empresas representam 82% dos casos, 15% são referentes às médias e somente 3% estão associados às grandes empresas. A tabela 3 resume os dados.
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