Migalhas Quentes

Luiz Flávio Borges D’Urso homenageia ministro Paulo Dias de Moura Ribeiro

O ministro do STJ agradeceu emocionado a homenagem recebida em SP.

2/7/2014

Em encontro realizado em SP na última sexta-feira, 27, um seleto grupo realizou homenagem ao ministro Paulo Dias de Moura Ribeiro, recém-chegado ao STJ.

Escolhido para fazer a saudação, o membro honorário vitalício da OAB/SP, e seu ex-presidente, hoje conselheiro Federal, o advogado Luíz Flávio Borges D'Urso (D'Urso e Borges Advogados Associados) ressaltou em discurso as qualidades profissionais e pessoais de Moura Ribeiro, que agradeceu emocionado a homenagem recebida.

Confira a íntegra do discurso abaixo.
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HOMENAGEM AO MINISTRO PAULO DIAS DE MOURA RIBEIRO

Luiz Flávio Borges D’Urso

Amigos presentes, a informalidade reclama que eu peça vênia para saudá-los todos, na figura do futuro Presidente da mais alta Corte brasileira, o Supremo Tribunal Federal, estimado Ministro Ricardo Lewandowski.

Hoje estamos vivendo uma noite muito especial na residência do querido casal Heloisa e Arnoldo Wald. Nesta oportunidade os anfitriões e seus filhos, reúnem no seio de seu lar, pessoas de notável destaque, acima de tudo amigos, para um propósito extraordinário, homenagear a pessoa do Ministro Paulo Dias de Moura Ribeiro. Á família Wald, em nome de todos, nossos agradecimentos pelo gesto ao Ministro e pelo carinho com que somos recebidos aqui.

Particularmente, confesso a alegria de estar entre esses amigos, mas supera a alegria, a honra insigne de ser convidado para esta tarefa sublime, a de ser o orador, melhor até, o “tradutor” do sentimento que hoje nos reúne aqui.

Falar em nome destas autoridades, colegas e amigos é tarefa difícil, todavia, torna-se simples quando o homenageado é merecedor de todas as distinções. Talvez a prudência me aconselhasse ao silêncio, pois nele as homenagens já seriam sentidas, mercê da sinergia que toma conta deste ambiente.

Mas meu espírito se assanha e não posso conter as palavras nesta oportunidade.

Nenhuma novidade traria ao dizer que o Ministro Paulo Dias de Moura Ribeiro é Juiz de carreira há 30 anos, graduado pela Faculdade Católica de Direito de Santos, mestre e doutor em direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e que no campo Acadêmico, além de professor de Direito Civil da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, também é Diretor do curso de Direito e professor titular da Universidade Guarulhos. Sua excelência também é membro do corpo editorial da Revista Brasileira de Direito Civil Constitucional e Relações de Consumo.

Sua chegada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), coincide com o Jubileu de Prata daquela Côrte, que completa 25 anos de existência firmando-se, a cada dia, como o Tribunal da Cidadania.

Talvez Vossa Excelência não sonhasse com esse honroso cargo de Ministro, mas sua vocação já o direcionava a essa missão quase divina de julgar o próximo, de dirimir conflitos, de patrocinar a paz entre os homens, pois em suas próprias palavras, sempre sonhou, desde estudante de Direito, em se tornar juiz, quando revela:

“Eu queria ser magistrado, algo me empurrava a fazer concurso para a magistratura, o que me levava a isso, não sei... e tudo que tenho, devo à magistratura tanto no aspecto material quanto no aspecto espiritual e as amizades que fiz”.

Vossa Excelência ouviu seu coração! E a satisfação em exercer essa importante função social, é revelada ao dizer:

“Mas quando a gente se dá bem numa profissão, numa carreira, a gente corre sem se cansar”. Esse amor à profissão brota da alma de um ser humano que tem a gigantesca capacidade de, acima de tudo, amar o próximo.

Não sou eu quem o diz, mas sua família, constituída na base desse amor, os seus amigos, os seus colegas de magistratura, os seus alunos aos quais dedica o melhor de si, os advogados que tanto o respeitam, os promotores com quem trabalhou e o jurisdicionado a quem julgou.

A jornada foi longa, de muito estudo e dedicação, percorrendo esse imenso estado de São Paulo de norte a sul, de leste a oeste, desde o início de sua judicatura em Franca, depois bem próximo, em Santo André, com rápida passagem pela baixada santista e dali, para a longínqua Teodoro Sampaio, no extremo do estado, divisa com o Mato Grosso e o Paraná. Dali para o norte de novo, para Fernandópolis, até voltar a Santo André, onde permaneceu por 9 anos até ser promovido para a capital. Guindado ao cargo de juiz substituto de segundo grau, ensaiou sua chegada a desembargador do TJSP.

Isso tudo já seria o bastante para muitos, mas não para aquele que gosta de desafios, que gosta de evoluir, que amplia sua maneira de viver servindo a causa da Justiça, e hoje, integrando o Superior Tribunal de Justiça, inunda de orgulho a todos que de alguma forma, testemunharam sua exitosa trajetória, sem se afastar da sala de aula, lecionando e colecionando discípulos.

Meu caro Ministro Moura Ribeiro, o destino me brindou com esta segunda oportunidade de homenageá-lo. A primeira foi em nossa Casa, na OAB São Paulo, quando também fui escolhido para proferir breves palavras, na reunião do Conselho Seccional, em nome da nossa Ordem.

Resgatei aquela manifestação, na qual afirmei que: “Durante o tempo que Vossa Excelência atuou como Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, testemunho que sempre foi um interlocutor atento aos pleitos da OAB SP e soube respeitar a advocacia e as prerrogativas profissionais da classe. Sempre foi um magistrado querido e respeitado pela advocacia e sempre teve o respeito e a admiração da família forense, que é integrada por todos os que cursaram uma faculdade de Direito para servir aos ideais da justiça e da liberdade, fazendo a diferença na vida das pessoas”. E para finalizar, augurei que em cada processo, a sensibilidade de Vossa Excelência - cunhada ao longo de sua longa carreira e de suas qualidades pessoais – resultassem, como sempre ocorrera, em decisões justas e lúcidas.

Ao agradecer aquela homenagem Vossa Excelência citou o poeta português Fernando Pessoa que dizia: “Não importa se a estação do ano muda... Se o século vira, se o milênio é outro. Se a idade aumenta... Conserva a vontade de viver. Não se chega à parte alguma sem ela”.

Com esta vontade de viver é que diagnosticamos que nossos dias reclamam reflexão, respeito à autoridade e à lei. Reclamam um olhar sereno, que resgate a ética e os valores maiores de uma sociedade que se vê perplexa com seu rumo. Reclamam, no dizer do estimado Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, nosso Desembargador José Renato Nalini, algo que enfeixa tudo isso, reclamam “educação de berço”.

Ao avizinhar-me do final desta oração, embora minha vontade fosse aqui permanecer indefinidamente, elevo o pensamento ao Criador para rogar que o exemplo de Vossa Excelência seja seguido por muitos, o que certamente ocorrendo, melhorará em muito o nosso Brasil.

Parabéns Ministro!

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