Há diversos meses, mais de 60 acionistas acusam Batista de utilizar informações privilegiadas na venda de ações avaliadas em mais de R$ 70 milhões, quando a empresa já previa a iminência da crise. De acordo com os minoritários, o empresário também teria divulgado perspectivas exageradamente otimistas sobre as reservas de petróleo.
O grupo, que acumula dívidas superiores a R$ 11,2 bilhões, ainda aguarda resposta da Justiça sobre o pedido de recuperação judicial protocolado no último dia 30 e já concluso ao juiz Gilberto Clovis Farias Matos, da 4ª vara Empresarial do RJ. No pedido, os advogados da empresa alegam que a exploração em alguns poços não produziu o esperado e a projeção inicial não vingou.
No documento, a empresa rechaça acusações dos acionistas minoritários e afirma que a OGX preveniu sobre os riscos do investimento na exploração de petróleo, salientando a possibilidade de a prospecção ficar aquém do esperado.
Na semana passada, o MP/RJ se posicionou favorável ao deferimento do pedido de reestruturação financeira em relação às sociedades nacionais, mas opinou pelo indeferimento do pedido de duas sociedades do grupo pelo Judiciário brasileiro: a OGX Internacional e a OGX Áustria. De acordo com a 2ª Promotoria de Justiça de massas falidas do RJ, tanto as devedoras como os credores detentores dos títulos de dívida emitidos na Áustria têm domicílio no exterior e, por isso, a reestruturação dessas sociedades deverá ocorrer na Áustria.
Rescisão
Nesta terça-feira, 19, o grupo OGX divulgou nota afirmando que recebeu uma notificação de rescisão de contrato da petrolífera estatal malaia Petronas. A minuta é referente à venda de 40% de participação em dois blocos da Bacia de Campos. De acordo com o comunicado, a OGX submeteu o assunto à análise de seus advogados que avaliarão a adoção das medidas legais cabíveis.