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Promotor é morto a tiros no agreste de PE

Thiago Faria Soares se dirigia ao fórum de Itaíba/PE, no agreste de PE, quando o veículo que ele dirigia foi atingido por pelo menos 40 disparos, segundo o MP/PE.

15/10/2013

Foi morto a tiros na manhã desta segunda-feira, 14, aos 36 anos, o promotor de Justiça Thiago Faria Soares, de Itaíba/PE. Soares se dirigia ao fórum local, no agreste de PE, quando o veículo que ele dirigia foi atingido por pelo menos 40 disparos, segundo o MP/PE.

O carro do promotor teria sido interceptado por outro veículo na rodovia que liga o município a Águas Belas, onde morava. No carro, estava ainda a noiva do promotor, uma advogada, que conseguiu sair do veículo e sofreu escoriações. Um tio da advogada também estaria no veículo e conseguiu fugir.

Natural do RJ e formado pela UFRJ, Soares tomou posse no parquet em dezembro do ano passado, afirmando estar "realizando um sonho", e assumiu as funções de promotor em Itaíba em janeiro deste ano. Autor de diversas obras jurídicas e professor de cursos preparatórios para concurso, exerceu cumulativamente as funções de promotor de Justiça em Calçados e na 1ª Promotoria Criminal de Garanhuns.

O presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho manifestou perplexidade e consternação com o assassinato brutal do promotor. "A sociedade quer uma resposta eficiente da Polícia, para que os culpados pela morte deste jovem promotor não fique impune", afirmou.

O presidente da OAB/PE, Pedro Henrique Reynaldo Alves, também lamentou o assassinato e afirmou que irá cobrar providências para a devida apuração do caso e, consequentemente, prisão dos assassinos.

Investigações

A Procuradoria Geral de Justiça e o GAECO - Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações do MP/PE já estão trabalhando junto com a Secretaria de Defesa Social, especialmente por meio do DHPP - Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, da Polícia Civil, na elucidação do crime.

O procurador-geral da República e presidente do CNMP, Rodrigo Janot, lamentou a tragédia e afirmou que o Conselho e o MP acompanharão atentamente as apurações do crime. Ele indicou o corregedor nacional do MP em exercício, Mario Bonsaglia, e o conselheiro Marcelo Ferra, presidente da Comissão de Preservação da Autonomia do MP, para acompanhar as investigações do crime.

Pelo MPF, foram indicados para acompanhar o caso o procurador regional da República da 5ª região e assessor jurídico constitucional do gabinete do procurador-Geral da República, Wellington Saraiva, e os procuradores-chefes Francisco Chaves dos Anjos Neto, da PGR na 5ª região, e Rafael Ribeiro Nogueira Filho, da Procuradoria em PE.

A Associação Nacional dos Membros do Ministério Público emitiu nota pública de repúdio ao assassinato do promotor, exigindo celeridade na elucidação do crime e a responsabilização rigorosa de todos os envolvidos. "Infelizmente, casos de ameaças, atentados e assassinatos de membros do sistema judicial brasileiro são comuns", consta na nota.

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