Nesta quinta-feira, 15, o STJ realizou, pela primeira vez, audiência por videoconferência com
Para Nancy, essa forma moderna de comunicação evita a oneração do custo do processo com o deslocamento para Brasília. "Sempre me preocupei com as pessoas que não têm como custear uma viagem do advogado a Brasília para ser atendido pelo ministro. Isso era algo que me incomodava sobremaneira", explica.
"Há alguns anos venho pensando em como fazer isso. E agora, com essa tecnologia, com esse meio, nós vamos conseguir atender melhor o jurisdicionado. O importante é que todo o cidadão que tenha um processo na Justiça se sinta absolutamente seguro de que o juiz não está só atento àquele que foi até o gabinete conversar com o ministro mas que também pensa nele, que não teve a chance de vir", esclarece a ministra.
O atendimento piloto, realizado à advogada Patricia Rios, do escritório Leite, Tosto e Barros - Advogados Associados, foi considerado um sucesso. "Foi possível conversar perfeitamente, fiz as anotações, a advogada Patricia Rios – escolhida para o atendimento piloto – apresentou seus argumentos e oportunamente irei apreciar o processo. Eu me sinto aliviada porque a experiência realiza todos nós", avaliou a ministra.
Para a advogada, a adoção da medida também foi positiva. "Eu pude ficar no meu local de trabalho em São Paulo, sem ter a necessidade de me deslocar até Brasília. Na hora previamente agendada pelo Gabinete a ministra estava disponível no Skype. Os memoriais e documentos haviam sido enviados por e-mail no dia anterior. Quando houve a conexão a ministra já estava lá com todo o meu material de consulta em mãos e inteirada do assunto o que tornou a audiência dinâmica e extremamente produtiva", destacou Patricia.
O caso em questão na audiência realizada em 15/8 era uma medida cautelar em ação de execução envolvendo um banco, que exigia urgência. A advogada fez o pedido e o chefe de gabinete propôs que fosse virtual.