O projeto de ocupação da antiga sede da auditoria militar, elaborado pela OAB/SP, Alesp, MPF e o Núcleo de Preservação da Memória Política, já está pronto e foi protocolado na Superintendência do Patrimônio da União no dia 14/5, junto com as plantas e o memorial. O espaço será voltado à área de convivência, preservação, pesquisa, exposição, debates envolvendo o período ditatorial.
O presidente da OAB/SP, Marcos da Costa, ressalta que a recuperação da memória da advocacia no período ditatorial, dentro da Comissão da Verdade, vai abranger três segmentos de depoimentos de advogados: os que atuaram em defesa dos presos políticos, os que atuaram em defesa de sindicalistas e operários e os que atuaram em defesa das prerrogativas profissionais.
Na avaliação do vice-presidente da Comissão da Verdade da seccional de SP, Belisário dos Santos Júnior o projeto deve estar implantado em um ano, mas depende ainda de vencer etapas burocráticas nas três esferas de governo (União, Estado e Município).
Depoimentos em Conjunto
A Comissão da Verdade da OAB/SP pretende ouvir depoimentos de advogados paulistas em conjunto com a Comissão Nacional da Verdade, presidida pela advogada Rosa Maria Cardoso, que já realizou esses depoimentos em outros Estados, e com a Comissão da Verdade estadual, presidida por Adriano Diogo. Para Belisário, esses depoimentos em conjunto evitam a duplicidade e podem apontar as práticas jurídicas da época, principalmente nos processos da Justiça Militar.
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