Juiz acusado de matar vigia de supermercado continua preso
O ministro-relator, Gilmar Mendes, afirmou que o decreto de prisão preventiva indica que existem provas da materialidade do crime e de sua autoria. A prisão foi decretada com base em dois argumentos básicos: a questão da garantia da ordem pública e a conveniência da instrução criminal, uma vez que, na condição de magistrado, o acusado poderia interferir nos procedimentos de instrução do processo.
O crime aconteceu nas dependências de um supermercado e foi registrado por câmeras de um circuito interno de segurança. A discussão teve início quando o vigilante impediu o magistrado de entrar para fazer compras, alegando que o expediente estava encerrado. Inconformado, o juiz apresentou-se como autoridade e em seguida dirigiu-se ao seu veículo para buscar uma arma. De volta ao supermercado atingiu o vigia com um tiro na nuca.
De acordo com o parecer da Procuradoria Geral da República, as imagens captadas pelo circuito interno de segurança do supermercado mostra que a vítima não teve defesa.
O ministro Gilmar Mendes votou no sentido de que, no caso concreto, prevalece o fundamento de garantia da ordem pública pois as circunstâncias fáticas e jurídicas utilizadas pelo decreto prisional foram suficientes para fundamentar a prisão.
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