Discussão e tumulto no depoimento de Dantas às CPIs
No momento em que o deputado Eduardo Paes fazia ataques ao PT, Valverde, que estava sentado atrás do tucano, irritou-se, dizendo que nenhum ataque ao partido ficaria sem resposta. João Fontes e Heloísa Helena começaram a reclamar e Fontes disse que o PT "era um partido corrupto e quadrilheiro". Valverde reagiu mandando-o calar a boca e provocou: "Vocês não têm moral para falar porque foram expulsos do PT"
A senadora Heloísa Helena partiu para cima de Valverde com uma caneta na mão, sendo contida pelo petista. A deputada Laura Carneiro apartou e tirou a colega, que estava alterada, do meio da confusão. João Fontes também entrou no tumulto e a segurança do Congresso teve que conter os ânimos. A sessão acabou suspensa, sendo reaberta alguns minutos depois.
No discurso que deu início ao tumulto, Paes defendeu o PSDB e o governo passado de acusações feitas anteriormente pela senadora Ideli Salvatti. Paes afirmou, exaltado, que o foco da investigação eram 'as relações deste governo com a iniciativa privada' e disse que a senadora fizera acusações levianas e mentirosas.
A senadora tentou associar o Opportunity ao prefeito de São Paulo, José Serra, ex-ministro da Saúde e candidato do PSDB à Presidência da República em 2002. Ideli sequer fez perguntas a Daniel Dantas e usou seu tempo para discorrer sobre a insinuação da proximidade de Dantas, a quem classificou como um dos maiores corruptores da História, com os tucanos. Eduardo Paes também pouco perguntou. E usou seu tempo para rebater Ideli. "Temos que tratar do foco: o que estamos investigando aqui? É o governo do PT", disse Paes.
O deputado do PSDB fez ataques ao PT, ao falar das relações entre o ex-secretário de Comunicação do Governo Luiz Gushiken e os fundos de pensão e da suposta ligação entre o deputado José Dirceu (PT-SP) e o grupo Opportunity. Paes lembrou acusações que pesam contra o atual governo e disse que os petistas chegaram ao poder e 'se lambuzaram'.
Ao reiniciar a sessão, o presidente da CPI do Mensalão, senador Amir Lando, pediu que os parlamentares evitassem novas brigas.
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