A corregedora nacional do CNJ, ministra Eliana Calmon, esteve nesta quinta-feira, 9, com o desembargador Ivan Sartori, presidente do TJ/SP, para apresentar os primeiros resultados da inspeção iniciada no último dia 6, cujo relatório final fica pronto nos próximos dias. O objetivo da inspeção é o aprimoramento dos mecanismos administrativos e jurisdicionais a serviço dos jurisdicionados.
Durante quase duas horas, a ministra ressaltou que há problemas, mas são bem menores que os imaginados: “Os processos administrativos estão em ordem, no caso dos precatórios a roda começou a girar depois de abril, os servidores reconhecem a total e absoluta diferença na gestão e posso dizer que em seis meses encontro uma administração infinitamente melhor.”
A ministra reconheceu as dificuldades do TJ/SP, as dores que provocam o choque de gestão e constatou a esperança presente naqueles que foram por ela ouvidos. “Todos estão com esperanças e não podemos deixar que essa chama se apague. Falei hoje para um jornalista ao qual dei um entrevista: ‘sente-se para ouvir o que tenho a dizer sobre São Paulo. Falo porque vi’.”
A corregedora nacional de Justiça e uma equipe do CNJ, composta de juízes auxiliares, técnicos e servidores, ficaram nesta semana na Corte para cumprirem a primeira etapa da visita de inspeção – SP é o 25º Estado a receber a visita da Corregedoria.
No dia em que chegaram, o presidente Sartori recebeu a equipe e falou sobre algumas das iniciativas tomadas pela atual administração para diminuir as deficiências crônicas enfrentadas pelo Tribunal, entre elas a criação do Centro de Treinamento e Apoio aos Servidores do Tribunal de Justiça de São Paulo, do canal de intranet “Fale com o Presidente” e dos 37 Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania implantados neste ano.
Na ocasião, a ministra disse que os problemas do Judiciário de SP são mínimos, comparados aos de outras unidades da Federação. “Aqui existe uma boa Corregedoria. Há Estados que não têm a mínima infraestrutura.”