Na última sexta-feira, 27, ocorreu em Piracicaba/SP a primeira sessão solene de desagravo público, ao advogado João Almeida, que teve suas prerrogativas profissionais ofendidas pelo promotor de Justiça da comarca.
Conforme relatou Jose Roberto Batochio, orador da cerimônia, o promotor retrucou ao advogado que apontou pressão da magistrada, com as frases “senhor não sabe ler” e “não tem hombridade suficiente para assumir suas manifestações”. “A ofensa é argumento dos que não tem argumento. Ele poderia discordar com urbanidade e civilizadamente no Tribunal do Júri. Não honrou as tradições de urbanidade do MP. Contra doenças incuráveis se inventaram medicamente antivirais. Mas contra a soberba e tirania a humanidade não conseguiu ainda inventar qualquer antídoto”, rebateu o ex-presidente da OAB.
O presidente da Subsecção de Piracicaba, Odinei Roque Assarisse destacou que a sessão de desagravo se realizava por três pessoas: advogado que foi vilipendiado em suas prerrogativas profissionais e fez a representação; Marcos da Costa que representa a seccional, que possibilitou a constituição do Primeiro Conselho Regional de Prerrogativas e a realização do desagravo em Piracicaba e a José Roberto Batochio, artífice do Estatuto dos Advogados e da OAB, durante sua gestão à frente do Conselho Federal da Ordem.
O conselheiro seccional Cláudio Bini disse que o desagravo constituía um marco histórico na região por ser o primeiro e que o advogado João Almeida sairia de alma lavada.
O advogado desagravado, João Almeida, cumprimentou todos pela solidariedade prestada e se sentiu honrado com a presença do presidente da OAB Marcos da Costa e do conselheiro nato José Roberto Batochio. “Não fiquei abatido com a manifestação do promotor, na verdade, me senti perplexo pela forma como ele se manifestou em plenário. Ele representava a sociedade piracicabana e a defendia de um criminoso. Hoje ele está revestido da autoridade e se coloca acima do bem e do mal. Decidi representar contra ele na Comissão de Prerrogativas da OAB e fico feliz de saber que providências serão tomadas contra este ato”, disse. A OAB/SP ingressará com representação no CNMP contra o promotor.
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