O ministro ressaltou que o assunto deve ser apreciado ainda este semestre por causa das eleições municipais de outubro e devido à saída de dois ministros até o final do ano.
Ele reconheceu que será ruim para a imagem do Supremo não julgar o mensalão este ano. Perguntando se seria uma derrota para Corte, o ministro disse que o recomendável é julgar ainda neste semestre. "Não gosto desses termos derrotistas. Tenho a impressão de que, diante dos incidentes que podem ocorrer e dos rearranjos que teremos que fazer, se deixarmos passar, vamos dizer assim, em uma linguagem diplomática, é de todo recomendável que se julgue."
Gilmar Mendes disse que assuntos como o mensalão exigem mais dos ministros. "Quando se tem um julgamento como esse do mensalão a concentração tem que ser maior", disse. Para ele é muito grande o número de ações que tramitam na Corte. "De qualquer sorte, todo o mês temos que tirar 60, 70 processos dos gabinetes, do contrário, daqui a pouco seremos expulsos pelos processos. Então, não dá para dizer: agora vamos cuidar do mensalão. Cada processo é importante porque tem seu interesse envolvido", disse Mendes.
O ministro lembrou ainda que devido à quantidade de réus no processo, 38 no total, o julgamento do mensalão demandará muito tempo. "Quando temos sessões com duas sustentações isso já consome energia e tempo, imagina 38", ponderou.
Torcedor do Santos Futebol Clube, Gilmar Mendes esteve na Câmara dos Deputados para participar da sessão solene em homenagem ao centenário do clube paulista.
-
Processo Relacionado: AP 470