Apelação
MPF/SP quer prosseguimento de ação penal contra Daniel Dantas
Após o STJ anular as provas produzidas com a participação ou análise da Abin na Operação Satiagraha, em especial dois procedimentos de escuta telefônica, o juiz Federal Douglas Camarinha Gonzales determinou a remessa do processo ao arquivo, pois seria impossível aproveitar qualquer imputação penal lançada na denúncia do MPF.
O MPF apresentou um pedido de esclarecimento da decisão de Gonzales e pediu o restabelecimento de decisão anterior, que havia determinado que o MPF se manifestasse sobre provas não-contaminadas por aquelas anuladas pelo STJ. O pedido foi negado.
Para o procurador da República Rodrigo de Grandis, seis das sete imputações penais que a Procuradoria da República apresentou na denúncia são derivadas de outras provas, todas relacionadas a fatos que ocorreram antes do início da interceptação telefônica.
Para o MPF, a interpretação de que todas as ações da Satiagraha são nulas devido à decisão do STJ é também uma extensão indevida da pretensão inicial da defesa, que havia se insurgido contra a ação controlada e as escutas telefônicas, não contra a ação penal.
Sustenta que o processo deve seguir em relação às acusações oriundas dos fatos criminosos 2 (gestão fraudulenta), 3 (gestão temerária), 4 (evasão de divisas), 5, 6 e 7 (lavagem de dinheiro) da ação penal.
________