Entenda o caso
As investigações
da Operação Diamante, da Polícia Federal, começaram há três anos, mas só vieram a público em dezembroAs conversas telefônicas levaram à prisão de 19 pessoas no fim de 2002 e revelaram indícios de um esquema de venda de habeas corpus em tribunais superiores. Nas gravações, Leonardo aparece negociando ações do tráfico e discutindo medidas judiciais com outros suspeitos.
Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Vicente Leal é citado no relatório da Polícia Federal como integrante do esquema. Segundo a PF, o magistrado é mencionado, por meio de apelidos, nas conversas gravadas. Trabalhando na 6ªTurma do STJ, Leal concedeu dois habeas corpus a favor de Leonardo Dias de Mendonça. Reportagem
do jornal Estado de Minas, publicada também no Correio Braziliense, revelou que seu nome era citado no relatório da PF.
Além das gravações, pesam contra o ministro sua possível ligação com o ex-deputado federal Pinheiro Landim. Leal admite
De acordo com a Polícia Federal, a quadrilha de Leonardo de Mendonça teria ainda ligações com o desembargador do Tribunal Regional Federal, Eustáquio Silveira, e com a juíza Vera Carla, por meio de Igor Silveira, filho do desembargador. Eustáquio e Vera Carla têm seus nomes citados no relatório da Operação Diamante como integrantes do esquema e foram afastados de suas funções por determinação da sindicância criada no TRF. Igor aparece em gravações da PF discutindo ações e comentando decisões da 6ª Turma, a mesma de Vicente Leal.
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