Crime
Presidente do TJ/RJ diz que assassinato da juíza Patrícia Acioli não ficará impune
"Não tenho dúvidas de que estes bandidos serão identificados, punidos, condenados e, no que depender do TJ/RJ, encaminhados para presídios federais. Isto é uma questão de honra para a magistratura fluminense", ressaltou o presidente do TJ, lembrando que a Secretaria de Segurança Pública do Estado já prometeu toda estrutura para elucidar o crime.
Em entrevista coletiva à imprensa nesta manhã, o desembargador Manoel Alberto afirmou que a Justiça fluminense está de luto. "A juíza foi brutalmente assassinada. Ela era uma pessoa extremamente corajosa. Sempre foi uma juíza trabalhadora e rigorosa. Estava vindo do serviço", disse o presidente do TJ, que esteve no local do crime ainda na madrugada de hoje.
Segundo o desembargador, a juíza Patrícia Acioli nunca pediu segurança, embora o regulamento do TJ/RJ, desde 1998, determine que o juiz, ao se sentir ameaçado, deve requisitar segurança. O presidente contou que entre 2002 e 2007, por iniciativa do TJ, após avaliação da DGSEI - Diretoria Geral de Segurança Institucional, a magistrada teve segurança total, por 24h, realizada por três policiais. A segurança foi reduzida para um policial em 2007, quando a juíza considerou que a escolta não era mais necessária.
"Ela nunca pediu segurança. A segurança da juíza foi feita por iniciativa do Tribunal", ressaltou o presidente. O desembargador lembrou que é comum magistrados que requisitam segurança reforçada, após um tempo, pedirem para retirar porque ficam sem liberdade para ir e vir.
Para dar continuidade ao julgamento dos processos em andamento na 4ª vara Criminal de São Gonçalo, que tem competência de Tribunal de Júri, o presidente do TJ anunciou que uma comissão de três juízes vai assumir a vara. De acordo com ele, lá tramitam ações de repercussão envolvendo máfias, gangs de transportes alternativos, milícias, dentre outros. Em 2010, a 4ª vara Criminal recebeu 778 processos novos, numa média de 65 por mês. Este ano, de janeiro a julho, foram ajuizadas 454 novas ações.
O desembargador Manoel Alberto também anunciou que vai mandar publicar um aviso para que todos os magistrados fluminenses fiquem cientes do procedimento de pedido de segurança. "Os nossos juízes terão a proteção necessária para julgar. Nós não vamos nos intimidar. O caso da juíza Patrícia Acioli foi uma execução. Eu estou amargurado", finalizou.
A juíza Patrícia Lourival Acioli tinha 47 anos e ingressou na magistratura do RJ em 14 de dezembro de 1992. Em 1º de junho de 1999, ela foi promovida para a 4ª vara Criminal de São Gonçalo.
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12/8/11 - Juíza de São Gonçalo/RJ é assassinada em Niterói - clique aqui.
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