Aproveitamento
Programa Espaço Livre entrega avião apreendido do tráfico de drogas para o TJ/AM
O avião servirá às varas da região amazônica, evitando o fechamento de 30 varas no interior que são inacessíveis por terra na maior parte do ano. O funcionamento destas varas está atualmente ameaçado pela falta de transporte dos processos e dos magistrados. O avião, de marca Cessna modelo 206, possui vocação para realizar pousos e decolagens curtas e operar em pistas pouco preparadas, como grama, terra e saibro, sendo o mais adequado para a região. O avião é considerado econômico, consume 60 litros de combustível por hora, transporta até seis pessoas e tem um custo de manutenção de no máximo R$ 10 mil por ano.
O avião, estimado em R$ 340 mil, foi apreendido em março deste ano, está pronto para voo e passará por uma inspeção da ANAC no aeroporto de Manaus. A aeronave possui autonomia para seis horas de voo, aproximadamente.
A entrega do avião ao TJ/AM faz parte do Programa Espaço Livre, que irá atender a todos os aviões inativos em aeroportos do país, que estão sob custódia da Justiça. Atualmente, há pelo menos 119 aviões abandonados, geralmente em decorrência da falência de companhias aéreas, que ocupam um espaço valioso e cada vez mais necessário nos aeroportos brasileiros.
O Programa Espaço Livre tem como parceiros do CNJ a Infraero, o Ministério da Defesa, a ANAC, o Comando da Aeronáutica, o TCU, o TJ/SP e o MP estadual. O objetivo do projeto é fazer uma força tarefa para retirar dos aeroportos este ano todos os aviões que estejam vinculados às massas falidas e, em seguida, os que forem apreendidos em processos criminais.
Já foi feito um laudo, pela ANAC, para avaliar quais aeronaves ainda estão em condições de uso. As que estão sucateadas serão removidas com o auxílio de caminhões do Exército e desmontadas. As peças serão leiloadas após o desmonte.
A primeira ação do Programa "Espaço Livre" tem como alvo as 27 aeronaves da Vasp, cuja falência foi decretada em 2008, que estão ociosas e espalhadas em aeroportos do país há cerca de seis anos. Cada aeronave tem um custo médio diário de estadia nos aeroportos de R$ 1,2 mil, que é pago pela massa falida – ou seja, os credores -, da Vasp.
O desmonte das aeronaves começará este mês, no aeroporto de Congonhas, onde se encontram nove aeronaves da companhia. Em Congonhas, essas aeronaves ocupam um espaço de 170 mil m², o que equivale a aproximadamente três estádios de futebol. A data do desmonte será anunciada em breve pelo CNJ.
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