Suspensão
TJ/RJ – Presos em regime semiaberto não utilizarão tornozeleiras
Para o desembargador Manoel Alberto Rebêlo, presidente do Tribunal, o uso das tornozeleiras não foi suficiente para impedir as fugas. Além disso, 58 equipamentos foram rompidos desde a adoção do sistema, em fevereiro último. O desembargador pretende adotar o mecanismo apenas no regime aberto, colocando todas as pessoas desse regime no recolhimento domiciliar. "Há presos no regime semiaberto com penas muito altas. Na primeira oportunidade de sair, eles rompem a tornozeleira e fogem", justifica.
Cada tornozeleira custa, em média, R$ 680,00, sendo facilmente rompida com alicate. "Já achamos peças em caixas de água, rios e até no mar", relatou o desembargador. Segundo o presidente do TJ/RJ, a suspensão das tornozeleiras trará um benefício econômico ao Estado, que poderá desativar as duas casas do albergado hoje existentes (uma no RJ e outra em Niterói).
Segunda opção
No RJ, além da tornozeleira, os presos também carregam um dispositivo de comunicação, este na cintura. Com as duas peças, toda a movimentação do detento pode ser acompanhada.
O monitoramento é feito por meio de computadores instalados na Secretaria Estadual de Administração Penitenciária e na vara de Execuções Penais. Assim, uma vez que a tornozeleira seja rompida, os terminais sinalizam o ocorrido.
De acordo com o desembargador Manoel Alberto, o sistema é semelhante ao adotado em países desenvolvidos. A diferença fica por conta das condições materiais da polícia. Ele ressalta a dificuldade em encontrar os presos que fogem, pois é "difícil fazer a recaptura de imediato e, com isso, o uso do instrumento perde a razão de ser".
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