Migalhas Quentes

Inaugurada no TJ/RS exposição de alunos de escola estadual

30/3/2011


Releituras de Iberê Camargo

Inaugurada no TJ/RS exposição de alunos de escola estadual

Teve início no último dia 28, Galeria de Casamentos Palácio da Justiça (localizada na Praça Marechal Deodoro, nº 55, mezanino), a exposição Reflexos: Releituras de Iberê Camargo por Alunos da Escola Padre Reus. Junto com a mostra ocorrerão encontros e debates com a temática da violência entre jovens, além de oficinas de arte.

A exposição inaugurada no final desta tarde reúne 35 pinturas em acrílico sobre tela, criadas por aproximadamente 350 alunos do 2º e do 3º ano do Ensino Médio da Escola Padre Reus, com idade entre 14 e 17 anos. A iniciativa integra o Projeto Escola sem Violência, que visa a combater a violência nos colégios, a depredação do patrimônio público e o uso de drogas entre adolescentes.

Ao abrir a mostra, o desembargador aposentado José Carlos Teixeira Giorgis, coordenador do Memorial do Judiciário, citou a filósofa alemã Hannah Arendt, ao lembrar que a violência é tema tão recorrente na sociedade moderna a ponto de não figurar como verbete nas grandes enciclopédias. De todas as chagas da nossa sociedade, a violência é a mais preocupante, afirmou Giorgis. A questão é como combatê-la sem ficar esperando pela atividade do Estado.

Nesse sentido, o coordenador do Memorial ressaltou que a atual gestão do TJ/RS, sob a presidência do desembargador Leo Lima, adotou a prática de sair de suas atividades naturais de jurisdição para integrar-se à comunidade num verdadeiro diálogo em prol do combate à violência.

Hoje estamos dando início a mais uma atividade que visa a dar nossa contribuição por meio da arte como forma de combate à violência, disse o desembargador.

Segundo o professor Aloízio Pedersen, que idealizou e executou o projeto, a iniciativa permite trabalhar emoções básicas dos estudantes, como a raiva, o ódio e o medo. Dessa forma, permite a reeducação dos adolescentes. É um estímulo à inteligência emocional, que é um campo para o aprendizado. Prepara para a vida e para o mercado de trabalho, assegura o professor.

Entre as atividades propostas pelo professor estão oficinas de expressão corporal a fim de habilitar os alunos a retraduzir a violência em arte: seja por meio de teatro, dança, música, vídeos e artes plásticas. Os alunos também passam a palestrar sobre o tema, a partir de suas experiências. Segundo Pedersen, desde o início das atividades, em 2006, o número de episódios violentos e de envolvimento com drogas na escola caiu drasticamente.

Na solenidade de abertura da exposição, foram realizadas três apresentações musicais. O estudante Gabriel Moreira, da Escola Estadual Araguaia, apresentou a canção Desabafo, um rap de sua autoria. Na sequência, a Oficina Musical de Violão, da Escola Padre Reus, sob a regência do professor Estevão Grezeli, apresentou a música Lua Branca, de Chiquinha Gonzaga. Ao final da solenidade, o professor Grezeli apresentou a Canção Tema da Campanha contra o Bullying no Projeto Escola sem Violência, de sua autoria.

Programação das oficinas de arte

Para os encontros e debates, basta se inscrever no local. Para as oficinas, as vagas estão esgotadas.

Encontros e Debates: A Arte no combate à violência

Público-alvo: público em geral, inclusive crianças e adolescentes

Horário: 17h30

Local: 6º andar do Palácio da Justiça (Praça da Matriz, nº 50)

30/3 - A Arte no combate à violência

Professor Elton Manganelli, da Escola de Artes da UFRGS

Procuradora de Justiça Maria Ignez Franco Santos e coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude

coordenadora do projeto pedagógico Laura Dalla Zen, da Fundação Iberê Camargo

Mediadora: Juíza Maria Cláudia Mercio Cachapuze corregedora do TJ/RS

1º/4 - A violência no ambiente escolar

Artista Plástico Aloizio Pedersen e professor da Escola Estadual Padre Reus

Vice-diretor da Escola Estadual Vereador Cléo dos Santos, Adailton Fonseca Moreira

Juíza Vera Lucia Deboni e coordenadora da Central de Práticas Restaurativas do Juizado Regional da Infância e Juventude

Mediadora: Juíza Márcia Kern Papaleo e corregedora

6/4 - O processo terapêutico no combate à violência

Médica psiquiatra Lizete Pessini, do Hospital São Pedro

Advogado Montserrat Antonio de Vasconcelos Martins e e médico psiquiatra

Presidente da Associação Clínica Freudiana Psicanalista Norton Cezar Dal Follo da Rosa Jr.

Mediador: Desembargador aposentado José Carlos Teixeira Giorgis e coordenador do Memorial do Judiciário do RS

8/4 - Nós - crianças e jovens - o que temos a dizer?

Andressa Pinto Azevedo e Caren Ferreira Vieira, alunos da Escola Cléo Santos

Matheus dos Santos Amaral, aluno da Escola Vasconcelos Jardim

Oficinas: releituras de obras artísticas

Público-alvo: 30 educadores da rede pública e particular

Horário: 18h

Local: 7º andar do Palácio da Justiça (Praça da Matriz, nº 50)

29/3 - Releitura: o que é? Tarsila do Amaral e o contexto modernista

31/3 - Criatividade e releitura em desenho individual

5/4 - A cor, mistura de pigmentos e iniciação técnica em tinta acrílica

7/4 - A construção da produção coletiva

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Fonte : TJ/RS

Fotos : Ed Fernandes

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