Desenvolvimento
Seminário realizado em São Paulo analisou projetos de infraestrutura do país
A boa oportunidade para o seminário, quando o Brasil apresenta boa fase de crescimento, e se prepara para sediar a Copa do Mundo 2014 e as Olimpíadas 2016 foi ressaltada pelos organizadores. Ricardo Azevedo Sette, sócio da Azevedo Sette Advogados, disse que tais eventos são aceleradores de obras, "pois trazem forte demanda em diversos setores, entre eles transportes (Metrô), energia elétrica, saneamento básico". Ele alerta que o país tem muito a fazer em saneamento e tratamento de resíduos, por exemplo. E que hoje, ao contrário de anos passados, há uma real possibilidade de mais investimentos e realização de projetos.
Também sócio da escritório, Gustavo Rocha falou que o seminário ganhou importância ao discutir o que mais falta no Brasil: como estruturar e gerenciar um bom projeto de infraestrutura. "Não há momento mais pertinente que este, quando o Brasil se torna uma vitrine para o mundo em decorrência dos eventos esportivos que irá sediar".
Rocha disse ainda que o Brasil reúne condições para dar um grande passo nessa área : "Temos leis, marcos regulatórios, verbas públicas, linhas de crédito provindas de agências como o BID, Banco Mundial, IFC, e ainda recursos da iniciativa privada que se interessa por projetos de PPPs e concessões. O que falta para o país corrigir os seus gargalos? Tem que haver bons projetos, bem modelados e estruturados, que sejam geridos através de uma boa governança. E ainda vontade política".
Complementando a avaliação do evento, Leonardo Moreira, sócio da Azevedo Sette, explicou que um dos objetivos do seminário foi trazer uma visão mais pragmática sobre o assunto: "Do panorama aos aspectos ambientais, estruturação de projetos e contratos, modelagem e riscos, as razões porque na prática as coisas não acontecem; tudo foi abordado, permitindo aos participantes um conhecimento amplo da atualidade da infraestrutura. Ou seja, trouxemos à discussão o dia-a-dia e mostramos como podemos contribuir para solucionar as questões que envolvem os projetos de infraestrutura".
Para Giancarlo Gerli, diretor de planejamento da ABDIB, Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base, os temas discutidos "são de extrema importância para transformar projetos da teoria em execução, pois os principais agentes estão aqui". Ele ainda disse que a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016, bons impulsionadores para o setor, são eventos "com data marcada"; portanto é preciso agilidade na execução dos projetos. "Temos ainda o PAC 2, vindo com toda força, e se não aproveitarmos o momento estaremos perdendo boas chances", completou.
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