Se o ministro Gilmar Mendes voltar de Portugal, coisa difícil de se imaginar (ele abre o seminário Luso-brasileiro na terça-feira e o fecha na quinta), entra em pauta no STF o ato de nomeação de Lula como ministro (AMS 34.070). É pule de dez que o Supremo não irá se imiscuir na discricionariedade do ato de nomeação, vencido o ministro Gilmar. Com Lula na Casa Civil, as chances de impeachment podem diminuir drasticamente, pois, ninguém duvida, ele tem capacidade de reajustar a base, partindo ao meio o amorfo PMDB. Se o processo não entrar em pauta, isto é, se o ministro Gilmar não estiver presente, o impeachment entra na onda. E onda em política é difícil segurar.