Migalhas de Peso

Socorro aos bancos

A crise está aí! O nosso governo tem como única preocupação socorrer os bancos fornecendo grandes somas de dinheiro para que os mesmos possam oferecê-las para financiar o crédito, cobrando cada um os juros que bem entenderem.

21/11/2008


Socorro aos bancos

Sylvia Romano*

A crise está aí! O nosso governo tem como única preocupação socorrer os bancos fornecendo grandes somas de dinheiro para que os mesmos possam oferecê-las para financiar o crédito, cobrando cada um os juros que bem entenderem.

Por outro lado, também incentiva a compra de bancos com problemas por grandes instituições financeiras, subsidiando tal aquisição com todo o tipo de benesses, o que irá permitir que estas fiquem cada vez mais fortes e que possam repartir o "botim" entre poucos.

Enquanto isso, o ilusório mundo das bolsas de valores mergulha cada vez mais na derrocada, na falência e no prejuízo para aqueles que acreditaram nos sonhos dos ganhos fáceis e constantes de um mundo de quimeras, em detrimento do trabalho e do investimento na produção direta.

Enquanto o "imbróglio" vai crescendo, os funcionários públicos clamam por aumentos, alguns já até recebendo novos salários sem que os mesmos tenham sido aprovados, como demonstrou outro dia uma longa matéria veiculada nos principais canais de televisão.

E os meros cidadãos empregados que irão brevemente perder seus empregos? E o pequeno e médio empreendedor endividado até o pescoço, pagando juros que beiram a mais alta e desumana agiotagem oficial dos bancos? E os pobres aposentados vendo dia a dia o desaforo chamado aposentadoria minguar a olhos vistos? Quais são as medidas previstas pelos gênios da economia brasileira para resolver o problema de cada um deles? Será que o incentivo ao consumo ou ao endividamento planejado pelo governo irá resolver a situação, forçando o pobre consumidor a buscar o financiamento para cobrir as suas necessidades? Tenho certeza que não, a não ser para o sistema financeiro que irá ter mais recursos para se fortalecer, além de poder cada vez mais explorar a sua clientela, hoje cativa.

Que pena que 2009 não seja um ano eleitoral, pois, ai sim, nós pobres brasileiros talvez tivéssemos alguma chance de o governo não pensar em socorrer os bancos, mas sim, de tentar de alguma forma nos ajudar, já que estamos cada vez mais necessitados de amparo para resolver nossos problemas de sobrevivência.

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*Advogada do escritório Sylvia Romano Consultores Associados










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