Migalhas de Peso

Em 2007, mulheres ainda continuam ganhando menos que homens

Como mulher e profissional, sou obrigada a ler que nós mulheres, ainda hoje, não atingimos o patamar salarial masculino. A pesquisa 2007 da consultoria Watson Wyatt, divulgada em diversos veículos de comunicação, aponta que nas 153 empresas que participaram do estudo existe uma diferença média de 5% em favor dos profissionais masculinos — mesmo índice encontrado no ano de 2006, ou seja, nós mulheres não evoluímos em nada no período em termos de remuneração.

28/9/2007


Em 2007, mulheres ainda continuam ganhando menos que homens

Sylvia Romano*

Como mulher e profissional, sou obrigada a ler que nós mulheres, ainda hoje, não atingimos o patamar salarial masculino. A pesquisa 2007 da consultoria Watson Wyatt, divulgada em diversos veículos de comunicação, aponta que nas 153 empresas que participaram do estudo existe uma diferença média de 5% em favor dos profissionais masculinos — mesmo índice encontrado no ano de 2006, ou seja, nós mulheres não evoluímos em nada no período em termos de remuneração.

A diferença pode não parecer muito, mas equivale à manutenção salarial de um ano inteiro, segundo a consultoria, que também declara acreditar que com o tempo os salários entre homens e mulheres sejam equiparados, mas que esse processo será demorado. O estudo cita, ainda, que apenas 18% dos cargos executivos estão em nosso poder, dado este no qual o sexo feminino melhorou em 2% a sua participação, se comparado com o ano anterior.

Custo acreditar, que em pleno terceiro milênio, esta realidade ainda persista em algumas empresas. Nunca fui feminista, acho que homens e mulheres, mesmo com todas as suas diferenças físicas, são iguais intelectualmente. Vamos pensar um pouco, basta avaliar em nossas vidas a inteligência de nossos pais – na grande maioria, o esteio de nossa formação veio de nossas mães, indistintamente se formos homens ou mulheres.

Grandes escritoras, políticas, educadoras, artistas e profissionais estão ai para comprovar. Não sou de propor movimentos reivindicatórios, até porque nosso espaço no mundo moderno foi conquistado e, inclusive, atestado que em termos de competência e capacidade não somos melhores nem piores que os homens, somos iguais. Está provado que desde o início dos tempos a força feminina de trabalho esteve presente. E hoje em relação à nossa capacidade intelectual, os índices da presença feminina nas universidades demonstram que somos maioria há um longo tempo.

Como advogada, atuando há vários anos no Direito do Trabalho, lembro aos profissionais de RH das empresas que somos todos iguais perante a lei, com todos os direitos e deveres, e que uma atitude discriminatória e machista, como esta apontada pelo estudo, poderá ser passível de reclamações trabalhista, ações estas amparadas pela nossa Constituição e com ganho de causa garantido.

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*Advogada do escritório Sylvia Romano Consultores Associados









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