No último domingo, dia 15/9, celebrou-se sem muito alarde o dia internacional da democracia, pois nesse início de século não se tem muito o que comemorar.
Há o surgimento e manifestação de grupos extremistas em várias regiões do mundo. Países em guerra por questões ideológicas, étnicas ou religiosas, por posição geopolítica, acréscimo de seus territórios e em busca de maiores riquezas. Embora o mundo produza alimentos que não permitiriam escassez, e bens capazes de oferecer vida digna para todas as populações, há fome e miséria por toda parte.
Ao mesmo tempo, empresas supranacionais sem patrimônio material detêm parte expressiva do volume de capitais disponíveis, ao passo que países inteiros são arrastados para a pobreza extrema.
Os fenômenos naturais estão de tal modo se avolumando que mesmo os mais incrédulos são capazes de sentir a gravidade da crise ambiental no planeta. E não existe reação compatível com as catástrofes climáticas.
Nesse mar de incertezas quanto ao destino breve da humanidade, a manutenção das democracias desponta como um valor soberano a proteger. Não haverá saída para os nossos graves problemas sob o jugo do autoritarismo, regimes de força e opressão.
No Brasil, depois de fortes abalos superados pela nossa ainda imatura democracia, aparentemente retomou-se o rumo, mas ainda há muito por fazer.
O nosso sistema político precisa de reformas estruturais para se fortalecer e gerar melhores quadros; os poderes da República ressentem-se de maior contenção e virtudes; a nação necessita de mais educação e justiça social, sob o império da lei.
A desigualdade impede que haja uma democracia verdadeiramente sã. Jamais haverá democracia plena sem oportunidade para todos.
Mas nem tudo está errado. Vamos seguir perseguindo melhores dias. Almejando o aprimoramento da nossa democracia para gerar frutos que a nação brasileira possa compartilhar.