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Como a falta de participação do pai afeta a guarda compartilhada?

A guarda compartilhada promove a participação igualitária dos pais na criação dos filhos, mas exige comprometimento mútuo para ser eficaz e benéfica para a criança.

19/6/2024

Ah, a vida das mães solo, essa travessia cheia de veredas e desafios, onde cada passo é uma luta e cada conquista, um troféu. Quando o outro genitor se ausenta, feito sombra que se esvai ao cair da tarde, a questão da guarda compartilhada se torna um tema espinhoso, um sertão a ser desbravado. 

A guarda compartilhada, essa lei que o Código Civil Brasileiro nos trouxe, visa assegurar que ambos os pais sejam como dois rios que se encontram para nutrir a mesma terra, participando ativamente da criação e educação dos filhos, promovendo um ambiente equilibrado e saudável. Mas, na prática, o que se vê é que essa partilha só é benéfica quando ambos os pais estão verdadeiramente comprometidos e envolvidos na rotina dos filhos, como dois vaqueiros que conhecem cada palmo do pasto.

Para que a guarda compartilhada funcione de maneira eficaz, é essencial que ambos os pais conheçam e acompanhem de perto a vida dos filhos. Isso inclui saber o nome do pediatra, da professora, os medicamentos de uso contínuo e as alergias da criança. Além disso, é fundamental estar presente nas atividades escolares, consultas médicas e eventos importantes, mantendo uma comunicação aberta e constante com a mãe e com a criança, garantindo que todas as necessidades sejam atendidas.

Quando um pai não participa ativamente da vida do filho, a guarda compartilhada pode se tornar prejudicial. A falta de conhecimento sobre informações básicas e a ausência na rotina diária podem gerar insegurança e instabilidade emocional para a criança. Além disso, sobrecarrega a mãe solo, que já enfrenta inúmeros desafios na criação dos filhos.

Do ponto de vista técnico, a guarda compartilhada requer um compromisso real e contínuo de ambos os pais. A legislação brasileira, ao promover a guarda compartilhada, busca o melhor interesse da criança, que deve sempre prevalecer. No entanto, quando um dos pais não demonstra envolvimento ativo, a guarda compartilhada pode não atender a esse princípio fundamental, sendo primordial a busca por uma guarda unilateral.

Para as mães solo, a luta pela guarda unilateral (exclusiva) pode ser uma batalha emocionalmente desgastante, mas necessária. O amor e o cuidado que você dedica diariamente aos seus filhos são insubstituíveis. Saber que o outro genitor não está presente de maneira significativa pode gerar frustração e preocupação, mas é crucial lembrar que a prioridade é sempre o bem-estar da criança.

A guarda compartilhada deve ser uma ferramenta para promover o desenvolvimento saudável e equilibrado da criança. Quando um dos pais não está disposto ou não é capaz de participar ativamente, a guarda exclusiva pode ser a melhor solução para garantir a estabilidade e a segurança emocional do filho.

Mães solo, a luta pela guarda exclusiva em casos de pais não participativos é uma batalha pela proteção e pelo bem-estar dos seus filhos. A guarda compartilhada só é eficaz quando ambos os pais estão verdadeiramente comprometidos. Se esse não é o caso, buscar a guarda exclusiva é um ato de amor e responsabilidade.

Lembre-se: A sua dedicação e o seu amor são as maiores garantias de um futuro seguro e feliz para a sua criança.

Luis Gustavo Narciso Guimarães
Graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo em 2003; Pós-Graduado em Direito Tributário pela Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul; Especialista em Ações de Família

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