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Lula e os espelhinhos no Paraguai

Uma reportagem do principal jornal paraguaio tratou a visita de nosso presidente ao país como mais um ato imperialista, principalmente no que se refere à venda de energia do Paraguai ao Brasil, já que o nosso vizinho só consome 6% da sua parte produzida em Itaipu, e o restante nos é vendido como consta de um contrato, a preços “aviltantes”, como eles mesmos acham atualmente.

25/5/2007


Lula e os espelhinhos no Paraguai

Sylvia Romano*

Uma reportagem do principal jornal paraguaio tratou a visita de nosso presidente ao país como mais um ato imperialista, principalmente no que se refere à venda de energia do Paraguai ao Brasil, já que o nosso vizinho só consome 6% da sua parte produzida em Itaipu, e o restante nos é vendido como consta de um contrato, a preços “aviltantes”, como eles mesmos acham atualmente. Diante disso, volto mais uma vez a defender uma tese muito simplista quanto à questão da balela da integração latino-americana, quando todos nós sabemos que esta integração só se dá com os países de língua espanhola.

Essa briga tem suas origens desde a fundação de Portugal, passou pelo Tratado de Tordesilhas e continua até os dias de hoje, muito em razão da inveja que a maioria das “republiquetas” vizinhas nutre pelo grande País que somos hoje, apesar da pouca qualidade da nossa “casta” política. Se houver um planejamento, o Brasil tem condições sim de ser auto-suficiente em energia elétrica. Basta procurar outras fontes, como reativar o programa de miniusinas hidrelétricas, que foi praticamente arquivado, pois poderia ir de encontro aos interesses econômicos das grandes empreiteiras na década de 70. Poderíamos ter, ainda, energia eólica, já que ventos não nos faltam, e energia solar, tão limpa e barata, cuja tecnologia já é dominada. E, quem sabe, poderíamos até pensar em reativar e incrementar o programa nuclear (apesar de não nutrir grandes amores pelo mesmo); bem como em termoelétricas limpas, se existirem.

Ou seja, deveríamos pensar em outras formas para conquistarmos nossa autonomia em energia, e não precisarmos mais ter de aturar esta gentalha que nos circunda e que não cumprem o que acordam. Quando da necessidade de nossa tecnologia e investimentos estes povos comemoram e nos agradam — roendo a corda, como diziam nossos avós —, assim que o empreendimento esteja concluído.

Paraguais, Bolívias, Venezuelas e outros países, o que têm a nos oferecer? Contrabando, drogas e imigrantes ilegais e dirigentes que não cumprem o pactuado.

Infelizmente, acho que estou ficando xenófoba, mesmo não concordando com o conceito de raças, povos ou fronteiras. Mas com vizinhos como estes, uma muralha como a da China até que viria bem a calhar. Ou melhor, uma resposta enérgica e dura de nossa principal autoridade, mesmo contrariando a política de boa vizinhança e ainda que esta resposta venha contra seu interesse egocêntrico, o sonho de se tornar um grande líder regional — sonho, puro sonho este.


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*Advogada do escritório Sylvia Romano Consultores Associados










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