I
1. O BB Seguros e o Banco do Brasil trazem-nos no Centro Cultural Banco do Brasil, localizado na rua Álvares Penteado, 112, Centro Histórico, o “contato com o trabalho de um dos grandes nomes da arte mundial, reafirmando seu compromisso de ampliar a conexão dos brasileiros com a cultura” (após Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte), como apresentado no “release” da Exposição.
2. A curadora, Lola Durán Úcar, destaca, no volume que dedica ao seu brilhante trabalho, palavras que nos fazem pensar e meditar e deslumbrar, com o seu texto: “Pintura Poética”, de 12 páginas. Chagall é singular, como sua vida, tudo é possível, desde que se baseie com amor.
E a exposição em Terras de Piratininga, bem próxima ao berço de sua Fundação, enriquecida foi com a generosa contribuição do Museu de Arte Moderna e da Fundação Ema Klabin, que, do seu acervo, aquiesceram que viessem obras chagalinas bem representadas de fases do seu percurso artístico.
II
3. O itinerário vital e artístico de Chagall está muito bem explicado em mais de 200 páginas no livro dedicado à exposição, desde as origens e tradições do artista até o escrito de Cynthia Taboada, subsequente ao de Saulo di Tarso, “quando o moderno encontra a arte contemporânea” (p. 263).
4. Então, visitar a exposição, onde acontece, para mim, é um “riccordo”, porque, na rua Álvares Penteado iniciei minha carreira de advogado num banco ali localizado e no qual permaneci de fevereiro de 1958 até julho de 1966. Logo, curvei-me ao passado, porque, em Paris, parei diante da casa (ateliê) de Chagall, mas não ousei bater em sua porta e apertar-lhe a mão!
III
5. Chagall é a grafia francesa do pinto russo Mark Sagel (Vitebsk, Império Russo (atualmente Belarus), 6 de julho de 1887 — Saint-Paul-de-Vence, França, 28 de março de 1985). E tudo quanto escrito de sua trajetória até a sua visão poética, que ignora o colorido materialístico, as leis da gravidade, como o uso de tratar o espaço.
6. O que me impressionou em Chagall foi a sua versatilidade em tratar até da arte em vitrais, que visitei alguns, mas fiquei deslumbrado com os que se encontram num Igreja Protestante Reformada, em Zurique, na Cidade Velha. O sol quando perpassa naqueles vitrais, propositalmente acredito, é o amor transcendente que o leva a criar a multidão de cores.
E os mosaicos do Parlamento em Jerusalém, afixadas em 1966, deixam lembranças profundas.
7. Religioso, aberto à oportunidade que a vida me deu, visitei o Museu Nacional da Mensagem Bíblica (em Nice), constituído acervo de mais de trezentas obras do artista (pinturas, desenhos, grafias, esculturas etc.)
Todo o simbolismo, voltado à Torá, confesso, que me extasiei, como significa o substantivo, com a “Travessia do Mar Vermelho”, nesta Exposição também encontrado.