O rápido desenvolvimento da tecnologia da informação que ocorreu nas últimas duas décadas teve relevante impacto na vida social e na economia, resultando, inclusive, em mudanças de hábitos e comportamentos.
A informação hoje está mais acessível, democrática. Basta um acesso à internet de qualquer lugar do mundo para o grau do "conhecimento potencial" ficar nivelado.
O curioso é que a informação é geral e global, mas a sociedade parece ter ficado mais segmentada. Explico-me: a informação está disponível, mas cada um só consome o que quer; o que lhe interessa.
Muitos vão olhar essa característica da sociedade atual de forma negativa, mas acredito que isso só explicita que os indivíduos ou grupo de indivíduos estão efetivamente buscando informação que os interesse.
Pode-se dizer com isso que o modelo de comunicação padronizado se esgotou. A boa comunicação passou a ser multifacetada.
A comunicação teve de se adaptar, na forma e no conteúdo, à essa multidisciplinariedade. Na forma, pelas várias plataformas disponíveis (texto, vídeo, áudio, etc.). No conteúdo, por uma maior diversidade de temas.
Barreiras foram quebradas, ou melhor, destruídas. Tivemos um rompimento ou do modelo tradicional de comunicação.
As pessoas atualmente têm a informação disponível e querem acessá-la com velocidade. Muita velocidade. Tanto que a palavra "instantânea" é usada com muita frequência na divulgação e venda de produtos e aplicações tecnológicas. A ansiedade pela informação da sociedade atual é latente.
No mais das vezes, atribui-se mais valor à informação rápida do que à informação precisa e aprofundada.
O consumidor de comunicação ficou mais exigente. O simples monopólio da informação perdeu seu valor, até porque a informação passou a estar em todos os lugares e o antigo consumidor passou a interagir e ser também um comunicador. O comunicador atualmente concorre com o próprio consumidor que também é um divulgador de informação.
O público jurídico, eu diria, ainda é mais tradicional. Tradicional na forma e na linguagem, no conteúdo.
Não obstante, temos visto mudanças importantes adotadas pela comunidade jurídica e o Migalhas foi pioneiro em várias iniciativas.
De início, inovou levando a todos a informação por um e-mail diário com as notícias e informações apresentadas de modo sintético. Linguagem simples, direta e precisa.
O site, desde o início, já fazia um apanhado de tudo que havia circulado de relevante no cenário jurídico e passou a ser ferramenta importante para todos os advogados se atualizarem, com linguagem acessível a iniciantes na profissão ou àqueles mais experientes.
Dalí em diante, pôde-se notar com clareza todo o trabalho para acompanhar a evolução da comunicação.
Nesse período triste de pandemia que vivemos neste ano de 2020, o Migalhas rapidamente se adaptou ao formato de comunicação que se disseminou pelo mundo com rapidez para indicar que a vida de todos iria continuar.
Os regulares webinars sobre os temas mais relevantes, os textos contemporâneos expedidos diariamente, o acompanhamento do trabalho dos julgamentos virtuais pelos tribunais com coleta de depoimentos e opiniões (em vídeo) de profissionais abalizados. Todas essas ações do Migalhas que se apoiaram na evolução da tecnologia e da comunicação fizeram a diferença.
Mantiveram-nos bem informados e, acima de tudo, conectados.
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*Este artigo foi redigido meramente para fins de informação e debate, não devendo ser considerado uma opinião legal para qualquer operação ou negócio específico.
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