Há alguns meses, nos meus artigos e também em um vídeo no meu canal no YouTube, citei a respeito de um possível acontecimento que viria em razão da crise que estamos enfrentando. Tracei alguns números, metas, falei sobre a situação do dólar, de algumas consequências piores do que as pessoas estavam prevendo, alguns cenários diferentes do que estavam sendo expostos. Alguns comentaram que eu estava sendo pessimista ou não ligando efetivamente para a vida das pessoas, mas na verdade era exatamente o oposto e eu queria alertar sobre uma possível manipulação.
O New York Times publicou, no dia 14 de maio, uma notícia sobre a preocupação com a perda de empregos ao redor do mundo. Há algum tempo atrás também conversei sobre as mudanças na economia e questionei sobre investimentos em fundos imobiliários. Na época, informei que fundos comerciais não eram interessantes. Explico: as pessoas iriam perceber, como eu percebi, que estruturas gigantes não são necessárias. Em um dos nossos escritórios, possuíamos seis salas, mas percebemos que reduzir era uma opção viável, uma vez que os nossos colaboradores poderiam fazer o mesmo trabalho em casa. Então, atualmente as empresas vão encolher seus negócios, não em número de funcionários ou qualidade de serviço, mas enxugar no imóvel até mesmo para realizar mais contratações. Essa, é uma tendência em diversos setores.
Não sou apenas eu quem digo isso. Recentemente, em uma entrevista, o CEO do Twitter informou que todos os funcionários da empresa já estão trabalhando em home office e que estão estudando implementar essa modalidade de trabalho para sempre. O mesmo aconteceu na XP Investimentos, que já estuda a mesma situação. Isso é uma tendência mundial e venho falando sobre isso há algum tempo.
O "lockdown" pode ser algo completamente insano. Com isso, não se salva mais vidas, mas mata ainda mais pessoas. Essa também é uma notícia do New York Times, que enfatizou a crise da fome, que será causada pela economia parada. Já uma publicação das Nações Unidas, informa que a população em situação de fome extrema deve dobrar esse ano por conta do coronavírus e o número de mortes por conta disso deve aumentar em 38%. Estaríamos trocando vidas, salvando um e colocando cinco outros em risco.
Algo que também discuti anteriormente, inclusive com a ajuda de psiquiatras e psicólogos, é a tendência de aumentar riscos de doenças que afetam a saúde mental. A CNBC publicou, nos Estados Unidos um artigo sobre como a situação do vírus, isolamento social e perda de empregos, podem afetar as pessoas de uma maneira que influencie diretamente o aumento de taxas de suicídio.
O Washington Post também colocou essa situação em questão, explicando que há um colapso na saúde mental das pessoas e grande aumento no número de crises emocionais pelos mesmos motivos. O portal Bloomberg também fez uma publicação com a estimativa de até 75 mil mortes por suicídio até o final de 2020 devido a covid-19.
Trouxe essas informações pois muitas vezes percebi incômodo por parte das pessoas que consomem meus conteúdos, seja pelas informações que eu exponho, pelos resultados, mas a intenção é sempre alertar sobre o que está acontecendo e o que há por vir. E todas essas questões podem impactar diretamente no bolso de todos nós, e é justamente onde começa a revolta.
E tudo isso é somente parte do conteúdo que falo ao longo dos anos sobre investimentos, dólar, sucessão presidencial e o que podemos esperar de tudo isso. Por vezes, falamos sobre o governo Bolsonaro com algumas expectativas, mas sempre citei a necessidade da governabilidade por parte do congresso e STF. Muito se falou sobre ditadura e tirania, mas se isso fosse real, as promessas dele já estariam cumpridas. Tudo isso se esbarra em outros fatores, como congresso, interesses políticos de governadores, STF, Maia ou ministros, o que pode travar algumas decisões. Falei sobre isso logo após as eleições, no final de 2018.
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*Daniel Toledo é advogado da Toledo Advogados Associados especializado em direito internacional, consultor de negócios internacionais e palestrante.