Não há como negar que a pandemia é séria e vai causar um estrago na economia bem maior do que se imaginou. Também não há como continuar vivendo como antes, sem adaptar a rotina e evitar contatos sociais.
O momento exige prudência, calma e sabedoria. É dever de todos contribuir para que o vírus não propague, mas temos que fazer isso com o menor impacto possível na economia.
No âmbito do Judiciário, limitações de acesso às sessões de julgamento e suspensão de audiências, reuniões e despachos presenciais são medidas necessárias. Contudo, o Judiciário deve fazer todo o esforço possível para disponibilizar os meios para que esses atos possam ser praticados por videoconferência ou por chamada telefônica. Os processos no Brasil já são demasiadamente demorados e a justiça lenta pode ser sinônimo de não-justiça.
Do mesmo modo, as empresas devem ter sabedoria para diminuir ao máximo a circulação dos seus colaboradores e, ao mesmo tempo, reduzir ao mínimo os impactos na produtividade.
Não será nada fácil lidar com uma "pandemia" de desempregados e falidos, que virá caso não deixemos de lado o medo irracional e as medidas inconsequentes. Sejamos prudentes!
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*Luiz Gustavo Oliveira Rocholi é advogado do Chenut Oliveira Santiago Advogados.