Em um cenário de crise, no qual o corte de gastos é protagonista, mas ao mesmo tempo a manutenção dos investimentos é fundamental para sair na frente, ter foco é imprescindível para alcançar o tão almejado retorno.
Mais importante do que ser visto para ser lembrado é definir por quem você quer ser visto e de que forma quer ser lembrado.
Partindo dessas premissas, ter objetivos bem definidos, público-alvo delimitado e uma comunicação direcionada passa a ser a chave para se tornar referência em temas relevantes para a sua área de atuação e, consequentemente, para o seu cliente.
Há espaço de sobra na imprensa para aqueles que se comprometem em compartilhar seu conhecimento e embasar de forma crítica e sólida a construção das notícias. Por outro lado, esses espaços, os chamados veículos de comunicação, podem também ser escolhidos minuciosamente pelos seus interlocutores de acordo com os perfis editoriais, especialidades, segmentos de mercado, e público a ser atingido.
Fator fundamental a ser considerado nos dias de hoje é também a quantidade de informações recebidas e acessadas diariamente, fazendo com que seja cada vez mais difícil atrair a atenção dos leitores.
Para se ter uma ideia do universo da rede mundial de computadores, segundo pesquisa realizada em 2016 pelo site domo.com, a cada um minuto, 400 horas de vídeos no YouTube são compartilhadas; 2.430.555 usuários curtem posts no Instagram; 69.500.000 palavras são traduzidas no Google; 216.302 imagens são compartilhadas no Facebook Messenger; 6.944.444 usuários assistem a vídeos no Snapchat; 3.567.850 de mensagens de texto são enviadas.
Com esse bombardeio de informações, o poder está nas mãos de quem consegue se comunicar de forma clara e direta. É preciso reunir de maneira didática a mensagem que se deseja passar, e direcionar a quem interessa para que efetivamente leve à reflexão – o principal objetivo do emissor.
A comunicação jurídica, no entanto, parece ter perfil oposto ao que se propõe no contexto deste artigo. Prova disso são os processos com conteúdos intermináveis, textos longos, citações, jurisprudências, etc.
Não há o que se fazer quando o contexto da profissão demanda grande quantidade de informações, mas há como se ter foco na hora de disseminar esse conhecimento e os resultados desse árduo trabalho aos demais interlocutores por meio da imprensa.
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*Fernanda Pinheiro é sócia e jornalista da It Press Comunicação.
*Ruy Conde é sócio e jornalista da It Press Comunicação.