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Intercâmbio profissional

Advogados brasileiros mostram como o Blockchain está moldando os negócios na China

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Atualizado às 06:52

Neste mês de setembro, Filipe Augusto Küster de Lara e Cassius Vinícius Lobo, advogados da equipe de negócios digitais e operações internacionais de Küster Machado - Advogados Associados estão imersos no escritório Jingsh Law Firm, localizado em Pequim, na China, para aprender mais sobre o sistema jurídico chinês e operações internacionais digitais e tradicionais. Um dos objetivos estabelecidos para esta viagem é formalizar o termo de cooperação com o maior escritório de advocacia chinês, aprofundando os conhecimentos sobre aquele mercado e a influência da tecnologia e do blockchain nos modelos de negócios liderados pela China.

 

Como já é sabido, as tecnologias disruptivas são, a toda evidência, um dos principais vetores das recentes alterações nas relações sociais. Dentre elas, a blockchain - tecnologia que suporte o bitcoin - vem ganhando, não por acaso, imenso espaço no mercado. Trata-se de uma tecnologia que cria rapidamente um registro seguro e imutável das transações por ela validada, eliminando, assim, a necessidade de um intermediário.

Dentro deste contexto, a China se destaca com relevantes montantes investidos em projetos suportados pela Blockchain. Conforme dados do report pela Jingdata - sociedade destinada ao desenvolvimento de projetos com a blockchain na China, os aportes financeiros em projetos correlacionados com a blockchain, em janeiro de 2018, alcançaram 681 milhões de RMB (+- R$ 400 milhões), superando o valor de RMB 468 milhões (+- R$ 270 milhões) em todo o ano de 2016. Os respectivos projetos são, em sua grande maioria, direcionados em fomentar as ambições chinesas com a inovação das indústrias privadas, governo central, governos locais e projetos científicos.

Inclusive, o Presidente Chinês, Xi Jinping, em um discurso proferido no primeiro semestre de 2018 afirmou que a blockchain possui aplicações "inovadoras". Em suma, o líder chinês mencionou que uma nova geração de tecnologia representada pela inteligência artificial, informação quântica, comunicações móveis, internet das coisas e blockchain está acelerando aplicações inovadoras.

Não se pode, porém, perder de vista que a China proibiu a comercialização de criptomoedas no ano de 2017 e vem fechando o cerco para as plataformas alternativas de negociações de criptomoedas.

Diante destes fatos, importante acompanhar de perto os projetos chineses, que, com um grande suporte financeiro, devem ser pioneiros em interessantes desdobramentos gerados pela blockchain. E é por isso que a equipe da área de Negócios e Relações Digitais do Küster Machado realizou essa imersão no mercado chinês, para vivenciar sua aplicação e impactos do blockchain em negócios na China e no resto do mundo.

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