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Mariz agradece convite, mas recusa ministério da Defesa

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Atualizado às 10:03

Não se faz mais

Há pessoas que têm virtudes inquebrantáveis que nem a vaidade - essa dama que esconde artimanhas mil - consegue tisnar. Uma delas, e que hoje merece efusivos aplausos pela solidez de princípios, chama-se Antônio Claudio Mariz de Oliveira. Ontem, dissemos que o criminalista não seria ministro da Defesa se não quisesse. E não quis. Convidado para o cargo pelo vice-presidente, seu amigo de longa data, agradeceu a lembrança de seu nome, mas recusou o convite. Em missiva, disse que a pasta da Justiça o entusiasmava, onde estamos aqui certos de que iria emprestar suas luzes ao país, mas que o ministério da Defesa estava distante de seus interesses intelectuais. Mariz recusou, assim, o ministério com o segundo maior orçamento da Esplanada, e que tem gente se matando para ocupar. E o fez, como se disse, porque é detentor de princípios que não se envergam. Por estas e outras, enche-nos de júbilo tê-lo no seleto rol dos migalheiros. Ah, se todos fossem no mundo iguais a você...

Defesa e defesas

E não venha um afoito dizer que Mariz recusou a defesa, porque isso, nunca. Recusou o ministério da Defesa, mantendo intocada a defesa que realmente lhe importa, que é a defesa criminal, da qual é sobranceiro advogado.