Tempus fugit
quinta-feira, 9 de abril de 2015
Atualizado às 08:24
Há 252 dias o STF e a sociedade aguardam que a presidente da República se digne a indicar um ministro do Supremo.
Incúria
Há vagas nos TRFs, TRTs, TREs, agências reguladoras, etc., aguardando há meses que a presidente da República se decida. Nunca antes na história do país se viu tamanha falta de habilidade, para não dizer descaso, com as obrigações constitucionais.
Matemática
A média da presidente Dilma para escolha de ministros do STF é a pior da história recente do país. Se a nomeação se der hoje, coisa que só a Velhinha de Taubaté acredita, Dilma terá demorado em média 169 dias para nomear um ministro. Veja abaixo:
|
|
Dilma |
169 |
Lula |
34 |
FHC |
39 |
Collor |
49 |
Sarney |
87 |
|
|
Depois falam que mineiro é devagar...
Uai, sô! Itamar Franco teve oportunidade de nomear apenas um ministro, e o fez em dois dias. Veja os dados completos, com os nomes dos indicados.
Cognome
A demora da presidente Dilma para escolha do próximo integrante do Supremo tem criado um novo epíteto para o ex-ministro Joaquim Barbosa. De fato, agora ele, que já foi chamado de Batman, é conhecido como "o insubstituível".
Na entrada, e na saída
A omissão da presidente Dilma Rousseff não se restringe à indicação do 11º integrante do STF. Além de estar, há 252 dias, em débito com a Corte Suprema, com o jurisdicionado e com a sociedade, a chefe do Executivo tem outros quatro números vermelhos em sua conta : 199; 114; 94; e, 13. Estes são os respectivos dias que os desembargadores "aposentados" Nelson Bernardes, Walter do Amaral, Maria Salette Camargo Nascimento e Márcio José de Moraes, do TRF da 3ª região, aguardam que a presidente assine suas aposentadorias. Dilma os deixa num limbo : não são magistrados, e também não podem requerer a carteira da Ordem para advogar. Como se vê, Dilma, além de não preencher as vagas, impede que se abram novas no Judiciário Federal. Ou seja, quando não é na entrada, é na saída.