O valor do diploma na hora da contratação

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Ter um diploma universitário de uma faculdade renomada em mãos é suficiente para ingressar no mercado de trabalho. Certo ou Errado ? As universidades de renome ainda abrem muitas portas para o profissional recém-formado. Não se pode negar que se formar em uma instituição de prestígio (com grife) ajude na avaliação, e muitas vezes na contratação do candidato.


Um lugar ao sol

O sucesso profissional está associado ao conceito da instituição ?

Ter um diploma universitário de uma faculdade renomada em mãos é suficiente para ingressar no mercado de trabalho. Certo ou Errado ?

As universidades de renome ainda abrem muitas portas para o profissional recém-formado. Não se pode negar que se formar em uma instituição de prestígio (com grife) ajude na avaliação, e muitas vezes na contratação do candidato. No entanto, hoje em dia o valor do diploma é muito relativo, o que não significa o sucesso profissional.

"Há 20 anos o que era mais importante era a grife da universidade, o nome da universidade. Se ele fizesse uma faculdade de primeira linha, já era sinônimo de emprego. Hoje, mudou muito", disse a diretora de recursos humanos Sofia Amaral, em entrevista ao programa da Fantástico, da rede Globo, em 13/5/2007.

Entretanto, há selecionadores que ainda usam o diploma de grife como diferencial para a contratação, já que consideram que a pessoa que possua um diploma de uma renomada faculdade tenha adquirido boa formação cultural.

Para o fundador do Grupo Catho, Thomas Case, diz que a universidade ajuda na triagem. "São toneladas de formandos no mercado, e as empresas têm de selecionar o melhor." Para ele, a vantagem de um aluno da USP, por exemplo, é a dificuldade do vestibular. "É uma peneira por onde passam somente os brilhantes."

Diferenciais

Nem todo mundo consegue uma vaga para estudar em faculdade renomada devido ao grande número de candidatos, muito deles preparadíssimos, disputando um lugar ao sol, e também ao alto grau de exigência para usufruir de uma instituição de tradição.

Aquele que não possui um diploma de universidade renomada, não deve se desesperar. O desempenho profissional não depende somente do conceito da instituição onde se estudou, mas sim de uma série de outras qualidades que só o próprio candidato pode desenvolver.

O primeiro passo é descobrir quais são os outros requisitos valorizados pela empresa em que deseja trabalhar, e correr atrás. A vontade de aprender continuamente significa interesse pelos cursos pós-formatura, pela participação em seminários e simpósios, pela permanente atualização, não só na área de atuação como em outras atividades paralelas.

Uma forma de compensar a graduação numa universidade pouco conceituada é apresentar qualidades adicionais: inglês fluente, informática, trabalhos voluntários, respeito com os colegas, ética no trabalho, eficiência e postura, etc.

O presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e advogado, Luiz Gonzaga Bertelli, em entrevista para o site UOL, aconselha : "não basta aprender a ser competitivo para estar no mercado de trabalho. A palavra de ordem agora é manter-se constantemente nesse patamar. Porém, a deficiência no sistema educacional sequer assegura uma boa posição profissional. Mais de 90% dos empregos no Brasil são direcionados a pessoas que tem 11 anos ou mais de estudos e não são todos que chegam lá".

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