Mãe - A satisfação profissional, a maternidade e a busca constante pela igualdade

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Depois de anos em busca de espaço, as mulheres celebram muitas conquistas, principalmente no campo profissional. Em muitos setores, a participação feminina já supera a masculina. Na magistratura, por exemplo, os índices dessa participação crescem com o passar dos anos. No entanto, apesar de passado mais de 40 anos da revolução feminista, as profissionais são obrigadas a enfrentar no dia-a-dia muitas barreiras que ainda persistem.


Mãe

A satisfação profissional, a maternidade e a busca constante pela igualdade

Depois de anos em busca de espaço, as mulheres celebram muitas conquistas, principalmente no campo profissional. Em muitos setores, a participação feminina já supera a masculina. Na magistratura, por exemplo, os índices dessa participação crescem com o passar dos anos. No entanto, apesar de passado mais de 40 anos da revolução feminista, as profissionais são obrigadas a enfrentar no dia-a-dia muitas barreiras que ainda persistem.

Foi no final da década de 60, com a tão falada "queima dos sutiãs", que as mulheres começaram a lutar abertamente pela igualdade. Nos anos 70, o movimento tomou forma e a questão da relação homem-mulher, dali em diante, nunca mais foi a mesma.

A prova disso foi a realização, em 1979, da "Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher" (clique aqui). O evento promovido pela ONU partia da premissa de que apesar da Declaração Universal dos Direitos Humanos afirmar o princípio da não-discriminação e proclamar que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos, as mulheres ainda continuavam sendo objetos de grandes discriminações.

A convenção foi aprovada pela Assembléia Geral das Nações Unidas por meio Resolução 34/180, em 18 de dezembro de 1979. O Brasil assinou o texto em março de 1981, com reservas em certos artigos, e submeteu-o ao Congresso Nacional através da mensagem número 320, de 1982. Em 1994 o governo brasileiro retirou as reservas, ratificando plenamente toda a Convenção.

De lá para cá, muitos paradigmas foram quebrados e a mulheres conquistaram novos espaços. Elas passaram a ser reconhecidas no mercado de trabalho e mudaram conceitos e preconceitos. Ser mãe ou profissional deixou de ser uma escolha e tornou-se aos poucos uma opção.

Mercado de Trabalho

Falar do avanço feminino no mercado de trabalho é falar da querida professora Esther de Figueiredo Ferraz, precursora em diversas carreiras e primeira ministra de Estado, justamente ocupando a pasta da Educação, em 1982.

São muitas as grandes mulheres que marcaram e ainda marcam a história. Atualmente podemos citar como exemplo a juíza Federal Neuza Maria Alves da Silva, da 5ª Vara Cível da Seção Judiciária da Bahia, que em 2004 foi escolhida pelo Presidente Lula para integrar o TRF da Primeira Região. Silva foi a primeira mulher negra a ocupar o cargo.

Matéria realizada por Migalhas no ano passado (clique aqui) mostrava que a participação feminina na primeira instância era em média de 30%, e, na segunda instância, de 26%. Já nos tribunais superiores os números apurados por Migalhas na época mostravam que essa participação não chegava a 10%.

Os números ficam mais significativos quando se trata de ingresso na carreira por concurso público. No caso das instâncias superiores, onde os cargos são providos por indicação, os números ainda são tímidos. Em alguns lugares do país, por exemplo, não existe nenhuma desembargadora. É o caso do TJ do Amapá e de Roraima.

Analisando de forma generalizada o mercado de trabalho, de acordo com a empresa de recrutamento e consultoria Catho, existe um quadro de disputa acirrada entre homens e mulheres. No comando das empresas então esse número só vem crescendo.

Porcentagem de empresas com mulheres na presidência

2000/2001

13,88 %

2001/2002

15,14 %

2002/2003

15,24 %

2003/2004

15,87 %

2004/2005

16,75 %

2005/2006

20,21 %

2006/2007

20,17 %

A Maternidade

Cuidar da casa, dos filhos e do marido. Isso depois de chegar de um dia exaustivo no trabalho. É o desafio da mulher contemporânea. Ao decidir ser mãe, a mulher sofre com certos dilemas e preocupações.

A maternidade pode ser uma regressão na carreira profissional ? Como serei vista pelo meu empregador ? Conseguirei aliar filhos e sucesso na carreira ?

Aí pode surgir uma resistência do mercado de trabalho e as dúvidas que afligem as mulheres muitas vezes impedem a realização do sonho da maternidade. Mas nem por isso elas deixam de arriscar. São exemplos diários de conquistas.

É por isso que Migalhas parabeniza as vitórias e enaltece todas as mulheres. Mesmo porque, não estaríamos aqui se não fossem por elas.

 

 

 

Feliz dia das mães!

 

 

 

 

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A foto é apenas para matar saudades de Leila Diniz (1945/1972), que passou por nós como um terremoto e sacudiu os usos e costumes da sociedade brasileira – especialmente nos anos 60, quando ela se transformou no maior ícone da liberdade feminina.

 

 

 

 

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