Liderar não é oprimir

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Exercer o papel de líder exige muito mais do que poder e autoridade. Vai longe o tempo no qual o “chefe” tinha aparência sisuda, ordenava falando alto e cobrava resultados aos berros. Chefiar uma equipe ou toda uma empresa exige um comportamento diferenciado.


Liderar não é oprimir

Novos modelos de liderança quebram antigos paradigmas

Exercer o papel de líder exige muito mais do que poder e autoridade. Vai longe o tempo no qual o "chefe" tinha aparência sisuda, ordenava falando alto e cobrava resultados aos berros. O modelo de líder foi por muito tempo erroneamente associado à imposição de idéias. Chefiar uma equipe ou toda uma empresa exige um comportamento diferenciado.

Fazer acontecer é o ponto de partida da nossa discussão sobre costumes e posturas de um líder. A pessoa responsável por liderar está sempre em busca dos melhores resultados no menor tempo possível. A ansiosa espera por um rápido retorno de seus investimentos cria certa tensão no líder, e isso acaba por influenciar maleficamente o ambiente de trabalho e seus funcionários.

Para que esse erro não se torne comum no meio empresarial, o líder deve sempre se auto-avaliar. Obter um balanço semanal sobre sugestões e reclamações é uma boa dica para transformar o ambiente de trabalho em um local agradável. É preciso também ter uma equipe afinada e principalmente motivada, pois sozinho não conseguirá resolver todos os problemas e ainda realizar as inúmeras tarefas do dia-a-dia.

Ter poder é diferente de mandar. Liderar é diferente de oprimir. O líder não pode esquecer detalhes importantes que influenciam sua equipe, como o envolvimento profissional, a valorização do trabalho, necessidades pessoais e humanização. Tudo isso junto facilita o crescimento da produtividade e o alcance do objetivo final com êxito.

Liderar tornou-se uma atividade simples quando associada a alguns fatores essenciais como flexibilidade, inovação, autoconfiança, firmeza, postura e dinamismo. Alcançar resultados satisfatórios exige que o líder crie meios que permitam a evolução dos funcionários, o crescimento profissional e pessoal de sua equipe como um todo.

A revista Exame apresentou uma pesquisa feita pela McKinsey com mil companhias norte-americanas, onde os diretores apontaram o desenvolvimento de subordinados como uma das principais atividades em que gostariam de gastar mais tempo.

A pessoa que exerce a liderança pode usar de meios práticos para se organizar: definir metas por escrito, conhecer valores pessoais de cada membro de sua equipe, fazer uma auto-avaliação semanal das decisões tomadas, compartilhar conhecimento com os funcionários, renovar a divisão de tarefas e nunca esquecer de ser cúmplice do seu time.

Neste cenário globalizado em que vivemos apostar todas as fichas em um só líder seria arriscar demais. O paradigma de ter um único “chefão” já foi superado. Cada membro de uma empresa é responsável pelo sucesso ou fracasso da mesma. O líder deve esclarecer esse novo papel aos seus funcionários, criando assim uma equipe mobilizada a atingir o máximo de resultados independentemente do cargo que ocupa.

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